sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Capacidade do PS: José Junqueiro no "I" concorda com António Vitorino


"Não comento o que disse o Dr. Soares", diz ao i José Junqueiro. O vice-presidente da bancada do PS lembra, porém, que "o PS é entre os partidos socialistas europeus o que tem mais aceitação e qualquer pensamento que ignore este facto é um pensamento incompleto".  Sem responder directamente ao fundador do PS, Junqueiro nega que exista falta de iniciativa e garante que "este é o bom caminho". O PS está nos 37% das intenções de voto. Há dois anos o PS estava 11% atrás od PSD e hoje tem 12% de vantagem.

Com lembrou António Vitorino "O que se aproxima mais deste número é o Partido Trabalhista inglês, que tem 33%. Se olhar aqui para a vizinha Espanha, o PSOE tem 28% de indicações de voto. E o próprio SPD alemão, que acabou de disputar eleições, teve um resultado bastante medíocre de 26%, isto é, três pontos acima do que tinha tido nas anteriores eleições"
  


António Vitorino: na Europa o "único Partido Socialista com 37% nas sondagens é o PS"

Antigo comissário europeu e ex-ministro do Governo de António Guterres defendeu o "cumprimento imperativo" do programa de assistência e criticou a "pressão" feita sobre o Tribunal Constitucional
Não deixou de ser um elogio à liderança de António José Seguro. O ex-ministro da Defesa e antigo comissário europeu António Vitorino assinalou ontem o facto de o partido liderado por Seguro estar, actualmente, "com o melhor resultado dos partidos socialistas no espaço europeu" depois do desabafo de Mário Soares sobre o PS.
Numa entrevista à TSF (...) Vitorino considerou "surpreendentes" algumas das críticas feitas à liderança socialista. "Porque, se olhar para o panorama europeu, o único Partido Socialista que está na oposição e que tem uma indicação de voto na ordem dos 37% é o PS português.
O que se aproxima mais deste número é o Partido Trabalhista inglês, que tem 33%. Se olhar aqui para a vizinha Espanha, o PSOE tem 28% de indicações de voto. E o próprio SPD alemão, que acabou de disputar eleições, teve um resultado bastante medíocre de 26%, isto é, três pontos acima do que tinha tido nas anteriores eleições", sustentou.
O reparo do antigo responsável político surgiu um dia depois de o ex-Presidente ter dito, no lançamento de um livro que, "se o PS fosse um bocadinho mais activo, tinha 90%, com certeza". Ainda assim, o ex-comissário europeu reconheceu que "o PS, neste momento, não é ainda a alternativa que pudesse motivar uma alteração radical do panorama político português".
Da parte da direcção do PS não houve qualquer reacção oficial. Mas o secretário nacional Eurico Dias assumiu ao PÚBLICO que Mário Soares "é livre de fazer o que entende", assistindo ao antigo chefe de Estado o direito de ter "um espaço de intervenção que o PS não tem de estar sempre a comentar". Apenas acrescentou que, na sua opinião, a expressão dos 90% "não podia ser levada à letra".
O distanciamento de António Vitorino em relação a algumas posições socialistas também se verifica nas questões europeias, sendo de destacar a defesa determinada do cumprimento imperativo do programa de ajustamento acordado com a troika. 
"A verdade é muito simples: nós temos absolutamente que concluir o programa de assistência financeira até Junho de 2014", defende o socialista António Vitorino. E deixa um aviso que é dirigido também (e muito) aos que no PS têm levantado a voz para usar como bandeira os falhanços do Governo: "Para a credibilidade do país, é necessário que não se suscite qualquer dúvida sobre a capacidade que temos de pagar a dívida."
O também antigo juiz-conselheiro do Tribunal Constitucional considera que tem havido sobre o TC uma "deriva de pressão que não se justifica". E faz questão de citar um trabalho do PÚBLICO para afirmar que "não há nenhuma relação directa" entre a variação dos juros da dívida pública no mercado secundário em função das decisões do TC
Vitorino, porém, não tem dúvidas: "Os juros subiram, e muito, para um nível quase equiparável àquele em que estavam quando pedimos assistência financeira [Marco de 2011] durante a crise governamental provocada pela demissão do ministro Vítor Gaspar e depois pela irrevogabilidade da decisão do ministro Paulo Portas. Aí [no início de Julho deste ano] sim, os juros subiram a sério e ainda estamos a pagar esse preço", aponta o socialista.
A tendência para o actual Governo responsabilizar aquela instituição, colocando-a "no pelourinho como o culpado pela subida dos juros da dívida pública portuguesa, além de uma falsidade, é uma ignomínia".
Há duas palavras sobre a dívida que "queimam" os lábios de Vitorino, como o próprio admite: reestruturação e mutualização. "Uma reestruturação da dívida tal como sucedeu na Grécia significa que os credores não vão reaver tudo o que emprestaram. E portanto eu não falo de reestruturação e acho muito perigoso que responsáveis políticos portugueses andem a falar de segundo resgate ou de reestruturação. Se quiser, no limite, eu falo de um reescalonamento no tempo, semelhante àquele que já ocorreu e que pode ainda ser levado mais além."

Sobre a mutualização o socialista diz que são já aplicadas duas formas de mutualização, através da intervenção do BCE e o mecanismo europeu de estabilidade. "O problema é que não chega. Porque é preciso, além disso, em relação à dívida acumulada, dar uma garantia de que ela será paga" - para que não haja contágio de novo, como aconteceu com a Grécia.

Direção do GP PS recebeu os dirigentes do Sporting

Alberto Martins, José Junqueiro, Mota Andrade e Miguel Freitas receberam a direção do Sporting presidida por Bruno de Carvalho. A reunião de trabalho integrou-se num périplo que o clube fez junto dos grupos parlamentares para apresentar propostas concretas que possam trazer valor acrescentado ao desporto em Portugal. 
Temas como "Praticantes desportivos, Acidentes de trabalho dos futebolistas profissionais, Treinadores desportivos, Empresários, Regime fiscal das sociedades desportivas, Incidência do IVA nas provas e manifestações desportivas, Lei do jogo, Violência e Segurança associadas ao desporto, Policiamento desportivo ou Órgãos jurisdicionais e justiça desportiva" foram apresentados como preocupações comuns ao desporto em Portugal. 
A iniciativa, junto do Direção Parlamentar do PS, com sugestões concretas, foi saudada como uma atitude transparente e construtiva.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Governo, os estaleiros de Viana do Castelo e o BPN

O que tem a ver uma coisa com a outra?  Quase nada, mas o governo vendeu o BPN por 40 milhões depois de uma injeção prévia de 400 e da responsabilidade de pagamento das indemnizações aos funcionários que viessem a ser despedidos. Bom negócio para o banco de Mira Amaral, ex-ministro de Cavaco Silva. 
Agora, o governo "entrega"  os estaleiros de Viana do Castelo depois de uma injeção de 30 milhões para despedir pessoas que, supostamente, a empresa vai readmitir. Esta assumirá o compromisso de pagar anualmente cerca de 400 mil euros até a um total de 7,5 milhões. Depois de tanta discussão é um falhanço do governo e do ministro da Defesa. Resta-nos a esperança num sucesso da empresa.
O governo diz que o negócio vai criar 400 postos de trabalho. Não é verdade. O negócio vai é destruir 600. Veremos se destes algum é recuperável e se os estaleiros mais algum dia vão funcionar, sobretudo para o mesmo fim.  Se houvesse mais e melhor informação talvez pudesse mos penas de modo diferente.

(DN) Maioria dividida sobre futuro do OE2014 em Belém


António José Seguro defendeu a fiscalização preventiva do OE 2014 e um calendário que permitisse antecipar e terminar o debate e aprovação mais cedo. Ninguém quis ouvir. Outros julgaram que se trataria de um número político. 
Agora sabe-se, ao que parece, que "A maioria está muito dividida quanto ao que o Presidente da República fará quando receber o OrçamOE/2014 em Belém, oscilando entre um eventual pedido de fiscalização preventiva, um sucessivo ou até colocam a hipótese de Cavaco Silva optar por o promulgar sem mais. 
Quem vê o Presidente a inclinar-se para a fiscalização preventiva - que obriga o TC a pronunciar-se em 25 dias - opina que seria uma forma de dar "celeridade" ao processo ainda antes do Orçamento entrar em vigor e num momento distante do fim do programa de ajustamento, que termina em junho do próximo ano". 

Ordem dos Médicos trata da vida ... Licenciados fora de Medicina


A Ordem dos Médicos tem medo que o país forme mais médicos. Tem mesmo receio que possam vir a existir "médicos a mais". No meu entender, esta preocupação não é altruísta para com o Estado. O que a Ordem quer é continuar a deter um poder excessivo numa sociedade democrática onde todos devem ter acesso facilitado ao SNS. 
Com mais médicos há mais opção entre o público e o privado e há mais facilidade em, finalmente, separar as águas. Com mais médicos é mais difícil dificultar o acesso ao serviço público para obrigar a "opção" pela clínica privada. Com mais médicos não teremos concentração excessiva nas cidades e no litoral em detrimento do interior. Com mais médicos os futuros estudantes farão a opção mais pela vocação do que pelo rendimento. E quem é bom, em qualquer profissão, nunca tem problema.
A Ordem alega mesmo a possibilidade de desemprego futuro para os médicos, como se tal não se verificasse com enfermeiros, professores, arquitetos, engenheiros, os advogados ... Enfim, restringindo o acesso dos jovens aos cursos de medicina, mesmo cerceando vocações, há uma classe que defende, no fundo, que quantos menos melhor. Admito que isto possa não ter sentido nenhum, mas é o que eu penso.

"PROPOSTA DA ORDEM  - Licenciados fora de Medicina  - Cursos Bastonários dos médicos sugere suspensão dos 15% de vagas que são abertas para pessoas já com outras licenciaturas
A Ordem dos Médicos propôs ontem a suspensão dos 15%de vagas abertas nos cursos de Medicina destinadas a já licenciados, como medida para travar o excesso de profissionais que se prevê vir a existir no País. Durante uma audição na comissão parlamentar de Saúde, o bastonário José Manuel Silva (foto) apresentou dados de um estudo encomendado pela Ordem dos Médicos que estima que em 2025 possa haver até nove mil médicos desempregados. Desse total, seis mil deles serão médicos especialistas, com o bastonário a reiterar que se estão a formar em Portugal médicos especialistas acima das necessidades.
O estudo, que a Lusa noticiou em setembro, indica que em dezembro de 2011 se encontravam afetos ao Serviço Nacional de Saúde, em Portugal Continental, 24 995 médicos, 58% do total de habilitados. 
Para o bastonário, esta análise vem confirmar que os numerus clausus (vagas para cada curso) das faculdades de Medicina estão acima das necessidades. Por isso, sugeriu aos deputados que se suspendam os 15% de vagas que são abertas para pessoas já com outras licenciaturas. 
"O Estado está a pagar dois cursos a uma pessoa enquanto alguns jovens não conseguem aceder a um", referiu. Ainda sobre o excesso de profissionais para que aponta o estudo, elaborado pela Universidade de Coimbra, o representante dos médicos disse haver atualmente uma pressão desnecessária para se aumentar a formação em Medicina Geral. De acordo com os dados revelados aos deputados, com base na formação actual, haverá no futuro 1400 especialistas a mais na medicina geral e familiar, uma especialidade que é considerada uma das mais carenciadas.
Recusando defender uma política baseada na emigração de profissionais formados em Portugal, José Manuel Silva insistiu na necessidade de limitar as vagas nos cursos de Medicina. 
Outro dos temas destacados foi o novo regulamento para o internato médico, que o bastonário considerou ter de aprovar de forma urgente. Sobre este documento, José Manuel Silva propôs que se crie uma nota mínima de acesso às vagas de especialidade no exame de seriação, para contrariar que pessoas "sem as mínimas condições de virem a ser bons especialistas" acedam a essas vagas.
"O Estado português não tem de andar a pagar uma especialidade a quem tem resultados catastróficos no exame de seriação", argumentou. Outra reivindicação do bastonário é a reintrodução do exame de equivalência, a realizar em universidades, para os candidatos ao exercício da profissão que vêm de fora da União Europeia."
Lusa  

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Banco de Portugal avisa que Orçamento fará aumentar dívidas

Não foi só o PS a sublinhar os riscos deste orçamento. O BdP vai no mesmo sentido. Não é, portanto, uma questão de quezília partidária. 
"O OE/2014, ontem aprovado pela maioria PSD/CDS, deve complicar ainda mais os orçamentos familiares e, eventualmente, "continuar a materializar-se num aumento do incumprimento de famílias e de sociedades não financeiras [empresas]", diz o BdP. Funcionários públicos e pensionistas estão na linha da frente em relação a este impacto." 

Até Cavaco Silva se opõe ao "regime sacrificial" de convergência das pensões

O regime de convergência da Caixa Geral de Aposentações e da Segurança Social cria um "imposto" de 10% sobre as pensões e põe em causa o princípio da protecção de confiança conjugado com o princípio da proporcionalidade. 
Cavaco Silva justificou o pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade do diploma do Governo com a "frustração" das legítimas expectativas dos pensionistas à mercê de um "regime sacrificial".

terça-feira, 26 de novembro de 2013

TVI - Constança Cunha e Sá - "Há uma estratégia de má-fé e de falsidade contra o Constitucional"

A jornalista e comentadora política da TVI, Constança Cunha e Sá, defendeu, ontem à noite, o colectivo de juízes do Tribunal Constitucional, que, por sinal, ontem deu luz verde à Lei das 40 horas de Trabalho na Função Pública, acusando o Governo de Pedro Passos Coelho e troika de adoptarem “uma estratégia de má-fé e falsidade” contra o Palácio Ratton.

“O Tribunal Constitucional tem sido atacado por activismo político, mas o Tribunal Constitucional não tem tido uma posição fundamentalista”. A observação foi feita ontem à noite, na antena da TVI24, pela comentadora política Constança Cunha e Sá que, saiu, assim, em defesa do colectivo de juízes do Palácio Ratton, que também ontem declarou constitucional a Lei das 40 horas de Trabalho na Função Pública.

No entender da jornalista, existe por parte do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho, bem como dos credores internacionais, uma estratégia de má-fé e falsidade contra o Tribunal Constitucional” (...) no fundo, trata-se de “uma estratégia inteligente, mas mostra que o Governo e a troika têm perfeita noção de que a maior parte das suas propostas são inconstitucionais (...) a comentadora lamentou que o objectivo do Governo se prenda com “passar para o Tribunal Constitucional a responsabilidade das medidas” desenhadas pelo próprio Executivo.


(DN) Adriano Moreira: A Reforma do Estado

(...) "ignorada a carta do antigo ministro das Finanças que afirmou a falta de concordância entre a terapia adotada pelo Governo a que pertenceu, e ao qual fornecera o guião, e os resultados, seguindo-se ao inexplicável esquecimento do documento e do ministro a permanência da política que tem como causa invocada a crise financeira, como programa o Orçamento, e como orientação o neoliberalismo repressivo, com um passado de experiências em vários países que não enriqueceram nem os seus povos, nem a sua história, nem a tranquilidade das mudanças de rumo."





Tribunal Constitucional dá razão ao governo nas 40h semanais

O TC, por uma maioria, ainda que tangencial (7-6), deu razão ao governo sobre o aumento do horário de trabalho semanal de 35 para 40 h. Assim, os funcionários vão trabalhar mais tempo pelo mesmo salário. 
E ponto final. Desta vez, o governo não vai criticar o TC, nem dizer que é uma força de bloqueio. Espera-se com curiosidade a reação às próximas decisões do TC. E esta não é uma questão menor, como se verá!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PS quer que Cavaco peça fiscalização preventiva do OE 2014


O secretário-geral do PS desafiou o Presidente da República a enviar OE/2014 para fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional, como fez com o regime de convergência de pensões. O PS já anunciou que se o OE, que será aprovado amanhã, entrar em vigor pedirá a fiscalização sucessiva da constitucionalidade. Mas Seguro considera que "seria mais interessante e mais inteligente para o país que fosse o próprio Presidente da República a enviar" a lei do OE antes de este entrar em vigor. 

OE 2014 - Governo rejeita proposta PS para pagar dívidas às PMEs

O governo continua a rejeitar todas as propostas do PS. Hoje foi mais uma: pagar o que deve às PMEs permitindo, assim, melhorar o seu desempenho, introduzir mais dinheiro na economia e melhorar as condições para o emprego. 



TVI - Marcelo - Cavaco Silva, O TC e a convergência de pensões

Cavaco Silva - O Presidente mandou para o Tribunal Constitucional o orçamento de Estado de 2012. Mandou o de 2013 com uma argumentação fortíssima, mandou várias leis, quase de certeza vai mandar o orçamento de Estado de 2014. Não é justo dizer que Cavaco Silva não tem defendido a Constituição, mas colocou o Tribunal Constitucional no centro da política portuguesa. A esquerda agrada-lhe, a direita anda sempre a ver se escapa qualquer coisa. Os juízes do Constitucional são agora o D. Sebastião da vida portuguesa. São os homens mais poderosos do país.

Convergência de pensões - Há um buraco na Caixa Geral de Aposentações. Estamos num peíodo de crise e as medidas não são transitórias. O Governo tem muitos pontos fracos na leitura da Lei, mas explico isso para a semana.


RTP - José Sócrtaes - Convergência das pensões - fez fem o PR

As consequências para o governo são graves. Já basta, já basta de ter um governo que afinal não sabe governar que não seja contra a Constituição. 
Esta lei significa cortes nas pensões já atribuídas. Espero que o Tribunal constitucional decida com total liberdade e independência espero que dê solidez à jurisprudência. 
O governo usa um disfarce que é para enganar tolos. Se o Governo quer animar a economia também o pode fazer sem mexer nas pensões. Fez bem o Presidente da República. E vamos ver o que acontece com o orçamento.


domingo, 24 de novembro de 2013

Governo chumbou todas as propostas do PS de alteração ao OE 2014

A hipocrisia é assim. O governo pede consenso e propostas ao PS. O PS responde positivamente e colabora. Apresentou 26 propostas para o OE 2014, sem aumento de despesa. O governo chumbou tudo.  “Uma coisa são as conversas sobre as virtualidades teóricas dos consensos e dos compromissos outra é, em concreto, testar como a maioria se comporta em relação às propostas do PS. Ou a maioria estaria à espera que o PS assinasse de cruz, ou de um cheque em branco? Por isso andou bem o PS quando disse que não queria mais conversa fiada e que é no parlamento que verificamos da vontade política que cada um tem para contribuir para o consenso”,
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O secretário-geral do PS disse que o Governo “chumbou o primeiro teste do consenso” ao não aprovar nenhuma das 26 propostas socialistas de alteração ao Orçamento do Estado.
Falando perante algumas dezenas de militantes socialistas numa sessão sobre o Orçamento de Estado para 2014 organizada pela distrital de Santarém no cineteatro de Almeirim, António José Seguro elencou algumas das “propostas claras e concretas” apresentadas pelo PS para o OE 2014 para “provar que é o PS a propor e o Governo a chumbar”.
Referindo-se ao que chamou de “a novela dos consensos”, o líder socialista afirmou que perante a atitude da maioria se tornou “evidente que o Governo chumbou no primeiro teste sobre a possibilidade de consensos e compromissos entre a maioria e o PS”.
Para António José Seguro, o próximo teste à disponibilidade da maioria PSD/CDS-PP para o consenso “vai ser com as alterações ao IRC”, sublinhando que o Governo criou, em janeiro, um grupo de trabalho para alterar o imposto das empresas sem que tenha pedido qualquer contributo ao PS. 
"O secretário-geral do PS salientou a atitude do seu partido de se abster na votação da proposta da maioria como sinal de disponibilidade para discutir, sublinhando que o Governo tem que aceitar algumas das suas propostas.
“Uma coisa são as conversas sobre as virtualidades teóricas dos consensos e dos compromissos outra é, em concreto, testar como a maioria se comporta em relação às propostas do PS. Ou a maioria estaria à espera que o PS assinasse de cruz, ou de um cheque em branco? Por isso andou bem o PS quando disse que não queria mais conversa fiada e que é no parlamento que verificamos da vontade política que cada um tem para contribuir para o consenso”, declarou.
António José Seguro frisou que durante dois anos “o Governo e a maioria sempre chumbaram as principais propostas do PS”, tendo-se lembrado na véspera da discussão do OE na Assembleia da República para vir propor “novas conversas para criar consensos”.
“O que estão a fazer visa apenas tentar desviar as atenções do debate sobre a proposta do Orçamento, porque contém novamente cortes na educação, na saúde, nas pensões de reforma, nos funcionários, mantém o maior aumento de impostos sobre as famílias e as pessoas. O PS não foge a nenhum debate, mas chega de conversa fiada. Chegou a altura de debater sobre propostas concretas”, frisou .

Chamando à proposta do OE 2014 “plano de empobrecimento do país”, sem estratégia, sem ambição, António José Seguro frisou que se o programa de ajustamento tem três assinaturas, “o de empobrecimento só tem duas porque tem a oposição do PS”.

O PR envia os cortes nas pensões para o Tribunal Constitucional"

Cavaco fez o que devia. Mandou para o TC o corte ne nas pensões, a tal "convergência". Foi importante, mas não foi tudo. 
Um conjunto de outras normas do OE deste governo serão enviadas pelo PS para o TC, mas só depois de se conhecer a reação do PR ao texto final do orçamento.
O texto preparado pelo governo é o maior esbulho de sempre e com todas as "boas notícias da economia" já está a preparar mais 3,7 mil milhões para 2015.

ANMP - Manuel Machado,o novo Presidente (PS), "aviso firme" ao Governo

Fernando Ruas e Manuel Machado
O presidente da Associação Nacional de Municípios prometeu hoje um "renovado ciclo de Poder Local" e fez questão de lembrar, perante o ministro adjunto Poiares Maduro, que as autarquias "são a última barreira para impedir que os ímpetos antidemocráticos avancem". "As autarquias são parte integrante, e decisiva, para que Portugal encontre o caminho de saída desta austeridade cega, inculta e improdutiva que a todos atormenta e que a todos coarta a possibilidade de evoluir e de prosperar em Democracia. Convém lembrar: as autarquias são a última barreira para impedir que os ímpetos antidemocráticos avancem!", afirmou.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Crescimento da economia em 2013 ao nível de há 13 anos

É Preocupante olharmos para os valores do crescimento real da economia em 2013. Está ao nível do ano de 2000: teremos que recuar 13 anos, ao longínquo 3º semestre de 2000, para encontrarmos um valor do PIB semelhante ao deste 3º semestre de 2013. 

No próximo 4º trimestre a economia poderá crescer em termos homólogos, porque o PIB no 4º trimestre de 2012 caiu brutalmente.). De janeiro a Setembro (nos 3 trimestres) a economia retraiu 2,4%.

Portugal também tem boas notícias

A Seleção garantiu a participação de Portugal no Mundial do Brasil. Uma noite que acabou a falar português, com todos os jogadores ao seu melhor nível e em que a prestação de CR7 foi a cereja no cimo do bolo. Paulo Bento e a sua equipa, tal como a Seleção, estão de parabéns.

Portugal terá dez milhões por dia

Portugal vai receber dez milhões de euros por dia até 2020 em fundos comunitários, de acordo com o quadro financeiro plurianual para os próximos sete anos, ontem aprovado pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo. 

Mas de acordo com as novas regras, estes fundos podem ser suspensos pela CE sempre que os países violarem o Pacto de Estabilidade e Crescimento, não cumprindo os critérios do défice ou da divida, por exemplo, a menos que se mantenha um elevado nível de desemprego. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como se pode acreditar no PM? Em dois meses Passos salta de 2º resgate para saída limpa


No espaço de dois meses e meio o primeiro-ministro mudou significativamente o seu discurso. A 30 de Agosto, o pior dos cenários para um falhanço era o um segundo resgate e uma linha cautelar era dada como natural para acompanhar o fim do actual programa de resgate. 
Hoje, o mesmo programa cautelar é comunicado como um cenário evitável e o regresso aos mercados sem qualquer apoio já é uma hipótese a não descartar. Pelo meio, um acontecimento: a recusa da Irlanda em ter um programa cautelar. (Diário Económico) 

A Fitch considera que Portugal vai precisar de um programa cautelar


A Fitch considera que a trajetória de estabilização da dívida aproxima Portugal de um programa cautelar. E esta ajuda será bem recebida pelos mercados, adianta a agência num relatório divulgado ontem. 
"Portugal poderá obter uma nova linha de crédito dos seus credores oficiais quando o atual programa do FMI-UE terminar em junho de 2014", refere a agência acrescentado que isto acontecerá devido a uma estabilização da dívida pública. E neste momento, apesar de frágil, a dívida já estará "próxima da estabilização", adianta a agência. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Irlanda e os comentários políticos: Marques Mendes, Sócrates e Marcelo

Os ex-presidentes do PSD, que se demitiram da liderança por terem falhado, treinam na bancada. À sua maneira, dizem que o "Programa Cautelar", é uma inevitabilidade. Deixaram de falar em "segundo resgate" no espaço de uma semana, facto que denuncia uma encenação com as ameaças ao TC.  Marques Mendes afirma que, pela Troika, o PS não é preciso para nada. Marcelo defende a tese contrária: o PS é preciso para tudo. 
Sócrates, tal como já fizera António Seguro, põe o dedo na ferida: no "tal" memorando nada havia escrito sobre isto, não estavam previstos, nem programa cautelar, nem segundo resgate. E deixa claro que o "ser bom aluno", contrariamente à Irlanda, derreteu a economia, as famílias e as empresas. Os irlandeses não foram, como é óbvio para além da Troika.

TVI - Marcelo - Caso Irlandês é uma boa notícia

Caso irlandês. Ajuda-nos porque ficámos a saber o que nos espera com um Programa Cautelar, temos de acesso a mais uma linha de crédito sem necessidade de um controlo tão apertado. O nosso problema não é a banca é o OE. Para Portugal isto foi bom, como a Irlanda não tem Programa Cautelar nós teremos um Programa mais brando. Vamos ter um Programa minimalista com acesso a uma linha de crédito. Acho isto uma boa noticia. 
Para o Programa ser minimalista deve haver consenso nacional,uma das coisas que pode levar a termo um Programa mais brando é chegarmos à UE e dizermos que não é só uma ideia do PSD e CDS, o PS também está nisso. O governo te de se sentar à mesa com o PS. Se tivermos acesso a uma linha de crédito ela vai prolongar-se para além de 2015, logo o PS devia participar do consenso.


RTP - José Sócrates - os irlandeses nunca foram para além da Troika,

É bom para a Irlanda e bom para a Europa, não é negativo para Portugal, mas é mau para o discurso do governo. 
Mas onde estava escrito que tínhamos de passar por um programa cautelar? O "Programa Cautelar" ou secundo resgate querem dizer a mesma coisa: um falhanço tremendo. 
O que a Irlanda veio mostrar é que as coisas estão a correr mal a Portugal em razão das decisões do governo português. A diferença entre a Irlanda e Portugal é que os irlandeses nunca foram para além da Troika, nunca quiseram brilhar como bom aluno que faz para além do que lhe é exigido. O Programa de ajustamento em Portugal é vitima das opções deste governo.


Marques Mendes - Afinal, era só teatro. A Troika não exige a assinatura do PS

Marques Mendes é perito em fazer revelações. Desta vez são muito importantes. Vejamos a síntese: "Eu acho que (há pouca gente que sabe isto), mas já da última vez que a Troika esteve aqui falou com algumas pessoas até da área do PS e a Troika disse a toda a gente que se houver cautelar não vai exigir a assinatura do PS. Sabe disto o PR, sabe o governo e sabe o líder do PS." 

Nota: (O PS, liderado por António José Seguro, afiançou que a troika nunca disse ao secretário-geral que não exigirá a assinatura do PS num eventual programa cautelar. (Correio da Manhã) 

Fica finalmente claro que o Governo, ao contrário do que tem feito querer, não precisa, como nunca precisou, do PS para nada. Não é preciso mais teatro.
Síntese - "Eu acho que que vai ter de ter a ajuda do PS, embora a Ministra das Finanças ainda ontem tenha dito que Portugal vai tentar fazer como a Irlanda. Eu acho isso quase impossível. Era desejável que o PS estivesse dentro. Eu acho que até às eleições de 2015 não vai ser possível entendimento com o PS." Entendimento para quê, afinal? 

domingo, 17 de novembro de 2013

SNS mais frágil: Urgências públicas e privadas com mais doentes

O aumento do nº de urgências é a prova real de que os cuidados primários estão a piorar e que o SNS está a ser profundamente abalado pelos cortes deste governo. Menos prevenção é igual a mais doenças, a mais urgências, a menos saúde e  a mais gastos do orçamentos de Estado e das famílias.

"Afluência aos hospitais do SNS não crescia desde 2011. População prefere pagar mais e esperar menos.
Depois de ter sofrido uma redução de 10% no ano passado, a afluência às Urgências dos hospitais públicos voltou agora a aumentar. E o fenómeno é extensível às unidades particulares.
Os dados oficiais mostram que há mais 3% de atendimentos urgentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Já entre os privados, os principais grupos de saúde referem um crescimento de 5%. Há várias explicações possíveis, mas a maioria tem um denominador comum: a crise. 
O balanço mais recente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) mostra que, entre janeiro e agosto, recorreram à Urgência do SNS mais 130.146 doentes do que em igual período de 2012 - então com quase quatro milhões de atendimentos. 
Em contrapartida, os centros de saúde ficaram mais vazios: perderam mais de seis mil utilizadores, realizaram menos 345.274 (1,8%) consultas, quase todas presenciais, e assistiram menos 190.772 (12%) casos no SAP."  (Exp - Vera Lúcia Arreigoso)


Em vez de lavar as mãos, o PR deveria estudar as consequências do 1º resgate

O PR não pode lavar as mãos da história do resgate. Começou a 9 de março de 2011 quando na AR, em vez do discurso de posse, atirou uma catilinária contra o governo PS, eleito há escassos 18 meses. A derrota do PEC IV ocorre nesse mês e governo cai. 
Era o tempo em quero PR elogiava as agências de rating contra o seu país. Foi o mordomo que abriu as portas à Troika e ao resgate. Por isso, em vez de mandar alguns políticos estudar as consequências de um 2º resgate, deveria estudar a destruição que trouxe como autor político do primeiro.

sábado, 16 de novembro de 2013

Governo: Afinal, depois da Irlanda, já não há discurso papão!!!

Há coisas fantásticas!!! Até agora, o governo teve sempre chamado "discurso papão". Uma espécie de - ou é assim, como nós dizemos, ou vem aí o segundo resgate - sempre com os olhos virados para o povo, para o PS e para o Tribunal Constitucional. Depois, com uma chuva de críticas, vindas de todos os lados, menos de Belém, acenou com o programa cautelar, uma esperança, um seguro, dizia Portas. Com o prognóstico Machete as coisas azedaram, como se sabe. 
Mas eis que Irlanda veio dizer que terminava a intervenção da  "sua "Troika e que se iam aos mercados e nem precisavam de  programa cautelar. Foi o pânico no governo. E, repentinamente, Passos Coelho e a sua antiga professora, a ministra das Finanças, deixam de falar em segundo resgate, fazem peito, e dizem mais ou menos assim: nós também poderemos fazer como a Irlanda, vamos aos mercados, "de carrinho", e sem programa cautelar. Adeus discurso papão. Em dias, tudo se modificou. Finos!!!

Portugal está a sair da crise. Ganhou 1-0 à Suécia

O "programa" com maior audiência. E foi assim, com grande entrega que a equipa das quinas quebrou o enguiço com a Suécia ... e com as aflições do apuramento é um primeiro alívio ... não há programa cautelar ... -:))))

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Governo ensaia demarcação face à Irlanda

Passos Coelho recebeu com apreensão a notícia de que a Irlanda rejeitava o programa cautelar. Portugal corre o risco de ser o primeiro país a ter um programa deste género. A notícia não foi recebida com surpresa porque "há uma semana" que o gabinete do primeiro-rrunistro foi lendo sinais de que a Irlanda ia tomar esta posição, disse fonte próxima do primeiro-ministro. E a estratégia de demarcação já começou.

Analistas defendem que decisão de Dublin é negativa para Lisboa

Portugal poderá ter de vir a ser o primeiro país intervencionado a ter de negociar um programa cautelar. Depois da Irlanda ter decidido dispensar mais apoios europeus, Portugal perdeu a referência que Dublin poderia ter sido caso tivesse decidido solicitar a rede de apoio dos parceiros europeus e do FMI. Para grande parte dos analistas, a ausência de um modelo que poderia ter sido dado por um programa cautelar à Irlanda, é negativa para Portugal. (Diário Económico)

Indicadores económicos de Portugal muito inferiores aos da Irlanda

Portugal saiu da recessão técnica e evidencia já um crescimento económico, no mesmo dia em que a Irlanda anuncia que vai regressar aos mercados sem recorrer a um programa cautelar. Os dois países com assistência financeira estão no entanto em situações distintas. 

No mercado secundário da dívida a dez anos, os juros da divida portuguesa estavam hoje nos 5,9%, enquanto a Irlanda se podia financiar a 3,5%. Se olharmos para o desemprego Portugal registava em Setembro 16,3 enquanto que a Irlanda 13,6%. O défice dos dois países tem previsões diferentes também para este ano: 5,5% para Portugal, 7,5% para a Irlanda - isto depois de os irlandeses terem atingido desde o início do resgate um défice histórico de mais de 30%. (António Esteves Martins/Pedro Escoto)

Irlanda regressa aos mercados sem programa cautelar

Foi há três anos que a Irlanda pediu ajuda internacional. Recebeu um empréstimo de 85 mil milhões de euros. Tal como Portugal também os irlandeses tiveram que aplicar duras medidas de austeridade. 

Apesar das comparações a origem do problema irlandês é bem diferente do português. O país estava a braços com um grave problema, muito por causa do setor imobiliário. Os bancos encontravam-se afundados em dívidas e o Estado teve injetar dinheiro na banca. E não foi pouco: 46 mil milhões. Para receber a assistência financeira de 85 mil milhões, a Irlanda não escapou à austeridade.

Os salários foram reduzidos e a carga fiscal das famílias aumentou. A emigração voltou a crescer e o descontentamento também saiu à rua. Os empresários, de facto, sofreram menos. 
A Irlanda tem uma das taxas de IRC mais baixas da Europa: 12,5%. E sempre se recusou a subi-la. A Irlanda pediu o resgate cerca de meio ano antes de Portugal. Agora anuncia que a troika está quase a fazer parte do passado e que vai regressar aos mercados sem necessidade de um programa cautelar. 

Sandra Duarte/Paulo Jorge Silva/MIguel Teixeira

RTP Notícias - "Portugal saiu da recessão técnica", mas, inexplicavelmente, aprofunda austeridade

"A economia cresceu 0,2% entre Julho e Setembro. Este é o segundo trimestre consecutivo de crescimento económico em Portugal. A menor quebra no consumo das famílias e o aumento de vendas ao estrangeiro contribuíram decisivamente para a recuperação do fôlego da economia". (Ana Martins/Rui Silva/João Caldeirinha)


Sempre que a um careca nasce um cabelo há sempre crescimento, tal como na nossa economia. Depois de totalmente enfraquecida (espero que tenha sido atingido o fundo) cresceu-lhe um cabelo de 0,2%, sendo certo que o acordado no memorado para este ano era de 2,5%. E o reforço da austeridade em 2014 e os 3,7 mil milhões já anunciados para 2015, significam uma só coisa: este caminho não resulta. Infelizmente o governo quer chamar esperança à ilusão.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Helmut Schmidt - 2011 - os seus alertas para o desequilíbrio Alemão

TUDO EXPLICADO POR OUTRO ALEMÃO, HELMUT SCHMIDT 

Foi no Congresso do SPD em 2011. Do alto dos seus 92 anos explicou o que vivemos hoje. Deixo o link para o seus discurso. Afinal, talvez a crise não seja grisalha. As "cãs" são uma oportunidade  desde que bem escutadas. 

"....  simultaneamente desenvolveu-se um grave erro, nomeadamente os enormes excedentes da nossa balança comercial. Desde há anos que os excedentes representam 5% do nosso PIB. São comparáveis aos excedentes da China. Isto não nos é completamente claro porque os excedentes não se contabilizam em marcos, mas em euros. Mas é necessário que os nossos políticos consciencializem esta circunstância.

PORQUE TODOS OS NOSSOS EXCEDENTES SÃO, NA REALIDADE, OS DÉFICES DOS OUTROS. As exigências que temos aos outros, são as suas dívidas. Trata-se de uma violação irritante do por nós elevado a ideal legal do «equilíbrio da economia externa». Esta violação tem de inquietar os nossos parceiros. E quando ultimamente aparecem vozes estrangeiras, na maioria dos casos vozes americanas – entretanto vêm de muitos lados – que exigem da Alemanha um papel de condução europeia, então isso desperta nos nossos vizinhos mais desconfiança. E ACORDA MÁS RECORDAÇÕES". (Em 4/12/2011) 

FMI quer que cortes na despesa do Estado para 2014 sejam permanentes

Tudo combinado com o governo? Sim. Por algum motivo o PS e todas as oposições foram mantidos de fora de todas as revisões do memorando. Por isso ninguém foi ouvido sobre o DEO (Documento de EStartégia Orçamental). Só o Governo e o Presidente da República sabiam de tudo. Estamos a ser enganado a um nível impensável, ao mais alto nível da Nação. Vejamos, então: O FMI avisa que Portugal vai ter de aplicar ainda mais medidas de austeridade em 2015 e nos anos seguintes. A instituição diz que estes cortes terão de representar 3,4 mil milhões de euros, para que o país cumpra os compromissos que assumiu e resolva de vez os problemas orçamentais. 

O relatório do Fundo sobre a 8ª e 9ª avaliações foi conhecido esta tarde e vai mais longe: os técnicos dizem que todas as medidas de corte dos salarios e pensões decididas para 2014 têm de ser permanentes, o que contraria o que tem sido dito pela ministra das Finanças, que afirmou que se tratam de cortes temporários, sem prazo à vista para serem levantados.

Os responsáveis pelo exame a Portugal escrevem que o melhor seria terem sido feitos cortes a eito nos salários e pensões pagos pelo Estado, mas que o Governo recusou, pela oposiçao política e pelos riscos de serem chumbados pelo Constitucional.

Os cortes são progressivos, acima de limiares mínimos estabelecidos no Orçamento. Mas o FMI acha que assim vai ser mais difícil garantir a poupança prevista para o Estado.

Sobre a reforma do IRC, a instituição diz que até pode ter um impacto positivo na economia, mas alerta para o risco de baixar a receita do Estado. O FMI exige que o Governo encontre medidas alternativas para substituir ess perda de receita. Diz ainda que a baixa do IRC pode favorecer mais as empresas nos setores não transacionáveis, como a energia, sem beneficiar as PME.

Os responsáveis do FMI insistem que Portugal tem de reduzir os salários e as indemnizações por despedimentos, para melhorar a competitividade do país. No entanto, o relatório revela que o Governo se opôs a esta estratégia.

Por último, defende que há riscos de Portugal não conseguir voltar aos mercados em pleno a partir de junho do próximo ano. Por isso é necessário que a Europa garanta apoio adicional ao país. Isto é, o FMI sugere, sem referir expressamente, que Portugal precisa de ter acesso a um programa cautelar.


Nota positiva no final, o FMI considera que a economia portuguesa já bateu no fundo e destaca os sinais de recuperação que já são visíveis.

Alemanha pela primeira vez entre os países com desequilíbrios Económico

Síntese - Bruxelas accionou o "alerta de desequilíbrios macroeconómicos" para a Alemanha, devido aos excedentes comerciais. (...) A Comissão europeia refere que os riscos maiores estão normalmente associados aos défices e não a 'superavits', mas sublinha que elevadas taxas de crescimento económico podem constituir um desequilíbrio, especialmente quando atingem determinado patamar.Espanha, França, Itália, Países Baixos, Dinamarca, Malta, Finlândia, Suécia, Bélgica, Bulgária, Reino Unido, Hungria e Eslovénia são os outros países visados por Bruxelas.
A Comissão Europeia apontou hoje, no âmbito do "mecanismo de alerta de desequilíbrios macroeconómicos", 16 Estados-membros cuja situação merece "análise aprofundada", entre os quais, pela primeira vez, a Alemanha, estando previstas para a Primavera eventuais recomendações a este países. Bruxelas vai examinar os excedentes comerciais alemães, superiores a 6%, que considera desequilibrados.
A Comissão europeia refere que os riscos maiores estão normalmente associados aos défices e não a 'superavits', mas sublinha que elevadas taxas de crescimento económico podem constituir um desequilíbrio, especialmente quando atingem determinado patamar. 
O executivo comunitário lançou hoje o seu terceiro ciclo anual do procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos, exercício do qual Portugal está, para já excluído, devido à sua situação ser acompanhada pormenorizadamente por estar sob um programa de assistência económica e financeira. 
No relatório apresentado hoje em Bruxelas, a Comissão Europeia defende que se proceda a análises aprofundadas da evolução da situação relativa à acumulação e correção dos desequilíbrios em 16 Estados-membros da União Europeia, sendo que além da Alemanha, o Luxemburgo e a Croácia são apontados pela primeira vez.
Em relação à Alemanha e ao Luxemburgo, o documento diz ser necessário um melhor escrutínio da posição externa dos dois países e dos seus desenvolvimentos internos para aferir se sofrem de desequilíbrios macroeconómicos. 
Já em relação à Croácia, que aderiu recentemente à União Europeia e é visada pela primeira vez, a Comissão Europeia quer perceber "a natureza e os riscos potenciais relacionados com a sua posição externa, desempenho comercial e competitividade, assim como o seu desenvolvimento interno".
Espanha, França, Itália, Países Baixos, Dinamarca, Malta, Finlândia, Suécia, Bélgica, Bulgária, Reino Unido, Hungria e Eslovénia são os outros países visados por Bruxelas.

O relatório do mecanismo de alerta de desequilíbrios macroeconómicos vai ser discutido pelos ministros das Finanças e os líderes da União Europeia no encontro marcado para Dezembro, onde deverão ser identificadas as principais áreas em que deve ser reforçada a coordenação de políticas económicas e eventuais reformas. A Comissão Europeia irá preparar relatórios aprofundados para os 16 países que foram alvo de procedimento, que serão publicados na primavera de 2014.