A hipocrisia é assim. O governo pede consenso e propostas ao PS. O PS responde positivamente e colabora. Apresentou 26 propostas para o OE 2014, sem aumento de despesa. O governo chumbou tudo. “Uma coisa são as conversas sobre as virtualidades teóricas dos consensos e dos compromissos outra é, em concreto, testar como a maioria se comporta em relação às propostas do PS. Ou a maioria estaria à espera que o PS assinasse de cruz, ou de um cheque em branco? Por isso andou bem o PS quando disse que não queria mais conversa fiada e que é no parlamento que verificamos da vontade política que cada um tem para contribuir para o consenso”,
---------------------------------------------------------
O secretário-geral do PS
disse que o Governo “chumbou o primeiro teste do
consenso” ao não aprovar nenhuma das 26 propostas socialistas de alteração ao
Orçamento do Estado.
Falando
perante algumas dezenas de militantes socialistas numa sessão sobre o Orçamento
de Estado para 2014 organizada pela distrital de Santarém no cineteatro de
Almeirim, António José Seguro elencou algumas das “propostas claras e
concretas” apresentadas pelo PS para o OE 2014 para “provar que é o PS a propor
e o Governo a chumbar”.
Referindo-se
ao que chamou de “a novela dos consensos”, o líder socialista afirmou que
perante a atitude da maioria se tornou “evidente que o Governo chumbou no
primeiro teste sobre a possibilidade de consensos e compromissos entre a
maioria e o PS”.
Para
António José Seguro, o próximo teste à disponibilidade da maioria PSD/CDS-PP
para o consenso “vai ser com as alterações ao IRC”, sublinhando que o Governo
criou, em janeiro, um grupo de trabalho para alterar o imposto das empresas sem
que tenha pedido qualquer contributo ao PS.
"O
secretário-geral do PS salientou a atitude do seu partido de se abster na
votação da proposta da maioria como sinal de disponibilidade para discutir,
sublinhando que o Governo tem que aceitar algumas das suas propostas.
“Uma
coisa são as conversas sobre as virtualidades teóricas dos consensos e dos
compromissos outra é, em concreto, testar como a maioria se comporta em relação
às propostas do PS. Ou a maioria estaria à espera que o PS assinasse de cruz,
ou de um cheque em branco? Por isso andou bem o PS quando disse que não queria
mais conversa fiada e que é no parlamento que verificamos da vontade política
que cada um tem para contribuir para o consenso”, declarou.
António
José Seguro frisou que durante dois anos “o Governo e a maioria sempre
chumbaram as principais propostas do PS”, tendo-se lembrado na véspera da
discussão do OE na Assembleia da República para vir propor “novas conversas
para criar consensos”.
“O
que estão a fazer visa apenas tentar desviar as atenções do debate sobre a
proposta do Orçamento, porque contém novamente cortes na educação, na saúde,
nas pensões de reforma, nos funcionários, mantém o maior aumento de impostos
sobre as famílias e as pessoas. O PS não foge a nenhum debate, mas chega de
conversa fiada. Chegou a altura de debater sobre propostas concretas”, frisou .
Chamando
à proposta do OE 2014 “plano de empobrecimento do país”, sem estratégia, sem
ambição, António José Seguro frisou que se o programa de ajustamento tem três
assinaturas, “o de empobrecimento só tem duas porque tem a oposição do PS”.
Sem comentários:
Enviar um comentário