Síntese - Manuela Ferreira Leite dá razão ao PS. Não fala no partido ou nas propostas, mas conclui como o PS: "Eu diria que o presente não tem mesmo futuro nenhum. Ou se altera a atual política económica que tem estado a ser seguida, ou o presente não tem futuro"... "Entre a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, alguma solução com certeza vai ser dada ao nosso país relativamente a este ponto"... "Não é sustentável manter os encargos com a dívida pública à taxa a que a 'troika' nos está a emprestar, que é da ordem dos 3%, menos é possível com as taxas que estão a ser aplicadas quando estamos a ir aos mercados, que andam acima dos 5%. Não é possível, do ponto de vista de contas públicas, haver uma sustentabilidade dessa natureza". Fica tudo dito!
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Lusa - Manuela Ferreira Leite considerou hoje que Portugal não tem futuro com a atual política económica e afirmou que, se lhe coubesse negociar com a 'troika', "no mínimo, gritava".
"Às vezes perguntam-me o que é que eu faria se lá estivesse. No mínimo, gritava, para alguém ouvir. Não ficava calada de certeza absoluta", afirmou Manuela Ferreira Leite, defendendo que, embora não seja fácil, "há com certeza margem de negociação" com a 'troika'...
"Eu diria que o presente não tem mesmo futuro nenhum. Ou se altera a atual política económica que tem estado a ser seguida, ou o presente não tem futuro".
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Manuela Ferreira Leite sustentou hoje que, mesmo depois da saída da 'troika', Portugal vai continuar a precisar que alguém lhe empreste dinheiro, e considerou que haverá solução ao nível das instituições europeias... Depois de afirmar a sua convicção de que Portugal não conseguirá cumprir os "objetivos mais essenciais" do seu programa de resgate, incluindo o equilíbrio das contas públucas:
"Nós não vamos pelos nossos pés, sozinhos, funcionar a partir da data em que a 'troika' abandonar o país.
Direi que é praticamente impossível". "Não é sustentável manter os encargos com a dívida pública à taxa a que a 'troika' nos está a emprestar, que é da ordem dos 3%, menos é possível com as taxas que estão a ser aplicadas quando estamos a ir aos mercados, que andam acima dos 5%. Não é possível, do ponto de vista de contas públicas, haver uma sustentabilidade dessa natureza", argumentou.
"E, portanto, nós vamos com certeza continuar a precisar que alguém nos empreste dinheiro. Não sei qual vai ser o nome que vai ser dado a essa situação em que nos vamos encontrar. Qualquer que seja o nome, nós vamos precisar de ser apoiados", sustentou. Quanto a quem poderá apoiar Portugal nessa nova fase, declarou: "Entre a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, alguma solução com certeza vai ser dada ao nosso país relativamente a este ponto".