Na Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra, tiveram lugar várias mesas de debate sobre as propostas para o programa do Governo em que participaram muitos pessoas independentes para darem o seu contributo genuíno.
José Luís, Bruno Gomes, Álvaro Beleza, Carlos Mesquita, Henrique de Barros |
Jacinta Junqueiro e Rosa Monteiro |
Em simultâneo, em três salas, depois das introduções iniciais dos oradores convidados, os debates aconteceram cabendo aos moderadores recolher a informação relevante para análise final no grupo de trabalho da Saúde.
A mesa de encerramento foi constituída por Pedro Coimbra, presidente da Federação, Adalberto Fernandes, coordenador da equipa da Saúde, António Arnaut e de António Costa.
"António Costa comentava assim uma notícia que disse ter lido hoje na comunicação social e na qual se referia que a "coligação de direita" ia "fazer uma jantarada para festejar a partida da ´troika´".
Saída da troika só será festejada quando Governo "for embora". O secretário-geral do PS, António Costa,
disse hoje em Coimbra que os portugueses só festejarão a saída da 'troika' de
Portugal quando "este Governo se for embora", porque ele é "pior
do que a ´troika´".
Adalberto Fernandes, Pedro Coimbra, António Costa |
O líder socialista disse ter
ficado intrigado já que, acrescentou, a coligação PSD/CDS-PP quis ir, nas suas
políticas, além da 'troika' e continuou a política da 'troika' depois de
terminado o programa de assistência financeira a Portugal (no início de maio do
ano passado).
António
Costa falava na sessão de encerramento de um debate sobre o Serviço Nacional de
Saúde promovido pelo PS em Coimbra, no âmbito da definição de políticas para a
criação de uma alternativa que o partido pretende ser nas próximas eleições
legislativas.
"Gastar
menos não é gastar melhor, não haver camas nos hospitais não é poupar dinheiro,
é ter falta de respeito pelos utentes dos hospitais", sustentou António
Costa.
António Arnaut |
"Não
contratar os enfermeiros que são necessários, não é resolver um problema, é
adiar a satisfação de uma necessidade, que, depois, tem de ser satisfeita sem
menos custos, mas com um enorme custo para a qualidade do serviço prestado aos
doentes nos hospitais", afirmou, defendendo ainda que "aumentar as
taxas moderadores" representa "fazer os utentes do SNS pagar duas
vezes (nos impostos e nas taxas) serviços a que têm direito".
O
líder dos socialistas também criticou a centralização de "cuidados de
saúde nos grandes hospitais", pois ela não significa "racionalizar o
SNS", mas promover "momentos de rotura nas urgências", como
aconteceu na "crise de dezembro [provocada por um surto de gripe]".
"Desinvestir
nas unidades de saúde familiar (USF) é concentrar nos hospitais centrais uma
pressão" que, depois, estes estabelecimentos "têm dificuldade em
poder gerir".
O PS
tem vindo a discutir o seu programa de governo, que é "um trabalho da
maior importância" para "definir prioridades", que não seria
necessário se os recursos não fossem limitados, sustentou António Costa,
explicando por que não apresentou ainda o seu programa de governo.
"Dá
trabalho, mas vale a pena", sublinhou.
"Os
portugueses não suportam mais que voltemos a eleger alguém que não seja
merecedor de confiança" e "ainda não esqueceram, não esquecem, não
esquecerão, nem perdoam ao atual primeiro-ministro ter prometido na campanha
eleitoral baixar os impostos, que depois subiu, e não cortar os salários e
pensões, que depois cortou", sustentou o secretário-geral do PS.
"Há
uma garantia que daremos aos portugueses: o próximo primeiro-ministro -- eu --
não fará o que fez o atual primeiro-ministro na última campanha
eleitoral".