As más notícias e as crises dentro da coligação são cada vez menos espaçadas e o PR (fazendo uma analogia com o filme "O Cume de Dante") comporta-se como o presidente de câmara da cidade que prefere ignorar os sinais de que o vulcão está prestes a explodir para não criar alarmismo na cidade.
A tentativa de fazer uma reunião do CE com uma agenda cheia de ambiguidades, com um comunicado que não diz absolutamente nada e não diz o que se passou na reunião, é um ecrã sobre a realidade. A reunião correu mal ao PR e tem pena porque o CE é um orgão importante.
O problema do CE não são as fugas de informação (embora graves), foi a forma como foi convocado, a ordem de trabalhos e o facto de toda a gente compreender que foi convocado para acompanhar o PR na garantia política de que a sua posição em relação ao governo era sólida; destinava-se a obter um resultado político que o PR pretendia e não obteve.
Mais grave é o sinal do impasse político em que o PR se colocou desde o 25 de Abril, em ter que estar a cobrir a política governamental, tentando criar uma rigidez na vida política portuguesa com o pretexto do pós-troika e quando não temos garantia nenhuma de que lá chegaremos sem eleições.
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