Recessão - 3,9% é uma brutalidade, dá para perceber como o objectivo de 2013 está completamente posto em risco. Há um clima de incerteza e de pavor que leva a que as pessoas não consumam e as empresas não invistam. Desde Janeiro que não andamos a falar de mais nada senão de cortes e as pessoas não sabem o que as espera. E isto ainda não leva em linha de conta as medidas que o governo vai tomar para este ano, com o orçamento rectificativo.
Não acredita no défice nem na recessão previstos para este ano. Vivemos numa espiral recessiva, em que à austeridade se segue mais austeridade, desemprego e recessão, sendo extraordinário como o governo não tira qualquer ilação e sendo evidente que o plano de crescimento não passou de uma encenação. E o mais grave é que temos toda a Europa em recessão e Portugal apanha por tabela. O que o PR não diz é que se calhar vamos ter um segundo resgate, independentemente da crise política.
No meio de isto tudo, encenam-se umas reuniões com os partidos em torno de um crescimento que não há. Não é a mesma coisa fazer um diálogo com o PS ou com o PCP e o BE, o que mostra que o governo não tem estratégia nenhuma. Se não há consenso dentro do próprio governo, como é que a coligação quer diálogo e consenso com os outros partidos, pergunta. O PS foi lá aproveitar o minuto de propaganda no final do encontro, tal como todos os partidos que foram lá.
Gostava de saber o que o ministro Poiares Maduro está lá a fazer, já que a coordenação política tem vindo a piorar. O PSD é que tem um comunicado ao país a dizer que a 7ª avaliação foi concluída, sem que ninguém saiba quais as medidas que a desbloquearam.
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