Tem seguido os acontecimentos com perplexidade e preocupação. Não está muito incomodada com a questão das tácticas, dos golpes e das pequenas coisas; o que não consegue esclarecer é o que isto significa em termos da situação do país; isto tem que ter motivos por trás.
Estamos a passar há um tempo largo por sacrifícios grandes, a que os portugueses têm reagido razoavelmente bem; a isto não se pode responder com lançar mais angústia em relação às pessoas, apenas por birras ou estratégias.
Estamos a falar da demissão do ministro de Estado e das Finanças (que tinha dito há umas semanas que estávamos a entrar na fase de investimento), num país sob resgate, e que mais do que qualquer outra pessoa sabe quais são as consequências de uma decisão dessa natureza, para os mercados e para a expectativa das pessoas. Isto sem uma explicação porque decide abandonar a função.
Está explícito na carta que acaba por confessar que o programa não estava ajustado aos efeitos pretendidos, uma confissão de erros; o que mais ajuda a não perceber porque sai, com o país completamente torto. A saída deixa a sugestão de que o país esteja muito pior do que sabemos, dando a entender que isso será por causa da sua saída.
Deseja que haja ainda um esclarecimento da situação real do país, e gostaria de saber do MF o que ele pensa sobre a possibilidade de um segundo resgate, podendo estar a prepara-se o caminho para dizer que isso aconteceu por causa da saída do MF.
Tem a mesma dúvida em relação à saída do ministro de Estado e dos NE. O PM está lá precisamente para gerar consensos e gerir divisões. Toda esta crise é demasiado teatral , desconhecendo nós o que nos interessa.
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