Empate técnico com uma vantagem da Coligação que teve um crescimento marginal. A margem de erro deixa tudo em aberto. Há, no entanto, algo que também é comum às três sondagens de ontem: há uma bipolarização forte entre o PS e a Coligação.
Rui Pereira, ex-ministro da Administração Interna de Sócrates sublinha o seguinte:
Se fosse um combate de boxe, a eleição da Assembleia da República seria decidida por pontos. Entre os dois principais opositores, a luta tem sido equilibrada. O que pensa, nesta altura, o júri, ou seja, o eleitorado?
Que o PS marcou pontos ao acusar os partidos do governo de violarem promessas e terem imposto uma austeridade terrível, mas que a coligação PSD/PP também os marcou, ao afirmar que cessou a intervenção externa e houve uma (tímida) inversão do ciclo recessivo.
Cientes desta realidade pelas sondagens e tendo esgotado o repertório em debates, os contendores procuram um lapso ou escândalo que lhes dê uma vantagem decisiva ou proporcione um KO (conduzindo a uma inesperada maioria absoluta).
Ora, a experiência tem provado que o exagero é mau conselheiro e até faz ricochete – quem não se lembra da alegada dívida bancária de Sá Carneiro, da agressão a Mário Soares na Marinha Grande ou das insinuações sobre a sexualidade de Sócrates?
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