Em
março deste ano o desemprego registado nos centros do IEFP no distrito de Viseu
atingiu mais de 22 mil pessoas. Significa que, em quase 4 anos, face ao início
de governo desta maioria (PSD/CDS) e à imposição de um programa
de austeridade, muito para além da troika, o desemprego registado aumentou 30%:
mais de 5 mil desempregados.
Este
número é muito impressionante. E mais seria se fosse possível contabilizar, a
nível distrital, o que as autoridades estatísticas chamam de desemprego em
sentido lato ou sejam: o número de desencorajados, de subemprego e de ocupados
que engrossariam as estatísticas, mas cuja divulgação por distrito, por
concelho ou nuts3 não acontece.
No
entanto, para termos uma ideia da realidade distrital, durante este período, sabemos
que a nível nacional o número de “desencorajados” aumentou 76%; o “subemprego”
subiu 22% e o número de “ocupados”, em programas de emprego e formação
profissional, cresceu 518%.
O desemprego
nos jovens com menos de 25 anos está acima dos 3.300, um crescimento de 62%
face ao início deste governo. Portanto, se o aumento do desemprego no distrito,
de 30%, é muito preocupante, como classificar o aumento do desemprego jovem que
cresceu o dobro? Alarmante, no mínimo!
Mais
de metade dos desempregados inscritos nos centros de emprego não tem qualquer
tipo de prestação inerente e isso quer dizer que 58% não tem subsídio de
desemprego, realidade que nos conduz a 13 mil pessoas nestas condições.
Ao
mesmo tempo, o governo reduziu a proteção aos mais carenciados. É de 4.000 o número
de crianças e jovens que deixaram de receber abono de família, tal como mais de
3.600 pessoas que deixaram de receber o complemento social para idosos ou as
mais de 1500 famílias que já não usufruem do rendimento social de inserção.
Parafraseando o primeiro-ministro, Passo Coelho, na sua hora “zen”, nem todos sentem
o sucesso do presidente da câmara de Viseu.
JCentro 3.05.2015
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