sábado, 9 de maio de 2015

(Opinião JCentro) Desemprego e o insucesso do presidente da câmara de Viseu

"Nem todos sentem o sucesso do presidente da câmara de Viseu"

Em março deste ano o desemprego registado nos centros do IEFP no distrito de Viseu atingiu mais de 22 mil pessoas. Significa que, em quase 4 anos, face ao início de governo desta maioria (PSD/CDS) e à imposição de um programa de austeridade, muito para além da troika, o desemprego registado aumentou 30%: mais de 5 mil desempregados.
Este número é muito impressionante. E mais seria se fosse possível contabilizar, a nível distrital, o que as autoridades estatísticas chamam de desemprego em sentido lato ou sejam: o número de desencorajados, de subemprego e de ocupados que engrossariam as estatísticas, mas cuja divulgação por distrito, por concelho ou nuts3 não acontece.
No entanto, para termos uma ideia da realidade distrital, durante este período, sabemos que a nível nacional o número de “desencorajados” aumentou 76%; o “subemprego” subiu 22% e o número de “ocupados”, em programas de emprego e formação profissional, cresceu 518%.
O desemprego nos jovens com menos de 25 anos está acima dos 3.300, um crescimento de 62% face ao início deste governo. Portanto, se o aumento do desemprego no distrito, de 30%, é muito preocupante, como classificar o aumento do desemprego jovem que cresceu o dobro? Alarmante, no mínimo!
Mais de metade dos desempregados inscritos nos centros de emprego não tem qualquer tipo de prestação inerente e isso quer dizer que 58% não tem subsídio de desemprego, realidade que nos conduz a 13 mil pessoas nestas condições.
Ao mesmo tempo, o governo reduziu a proteção aos mais carenciados. É de 4.000 o número de crianças e jovens que deixaram de receber abono de família, tal como mais de 3.600 pessoas que deixaram de receber o complemento social para idosos ou as mais de 1500 famílias que já não usufruem do rendimento social de inserção. Parafraseando o primeiro-ministro, Passo Coelho, na sua hora “zen”, nem todos sentem o sucesso do presidente da câmara de Viseu.

JCentro 3.05.2015

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