FOTO PAULO NOVAIS / LUSA |
(...) António Costa, candidato único a líder
socialista nas eleições diretas de dia 21, apresentou esta sexta-feira de tarde
a sua moção de estratégia. Em Coimbra, perante uma plateia onde pontificavam
destacados "seguristas", como Álvaro Beleza, Eurico Brilhante Dias ou
Manuel Machado, o candidato saudou "calorosamente" os militantes e
simpatizantes que participaram nas primárias de agosto. E anunciou uma revisão
dos estatutos do PS que consagra a possibilidade de primárias como solução
permanente, quer para o cargo de secretário-geral, quer para outros cargos
partidários.
Desta vez, Costa não ignorou o nome do seu
antecessor: logo ao início da intervenção, prometeu "dar
continuidade" aos valores de um partido que, "nos seus diversos
líderes, de Mário Soares a António José Seguro, foi sempre um esteio
fundamental da democracia".
O candidato a secretário-geral do PS disse
retirar "duas grandes lições" do processo das primárias: a primeira,
a de que "um partido é tanto mais forte quanto maior for a participação
democrática dos seus simpatizantes e militantes"; a segunda, que "a
força que o PS mobilizou é a força da vontade de mudança em Portugal".
No seu primeiro discurso como líder da
oposição - apesar de a entronização de facto só acontecer daqui por três
semanas, no Congresso marcado para Lisboa -, Costa não perdeu tempo a atacar o
Governo: "Em 2011, a direita cumpriu o velho sonho de ter uma maioria, um
Governo e um Presidente; em menos de três anos, este sonho da direita
confirmou-se um pesadelo para os portugueses".
Para António Costa, este é "um
Governo fracassado, esgotado e incapaz". Logo, "não serve, tem de ser
mudado". Para tanto, o quase-líder socialista propõe-se apresentar um
programa de Governo, elaborado em moldes diferentes dos tradicionais, que seja
recebido com credibilidade pelos portugueses, pois "é a credibilidade que
gera confiança".
Nesse sentido, anunciou ir encomendar a um conjunto de
economistas a elaboração de um quadro macroeconómico que balizará o programa de
Governo: "A ação política tem também influência no rumo da economia;
governar é também fazer acontecer", disse ainda, concluindo: "Não nos
resignamos à fatalidade da crise". ( )
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/costa-o-sonho-da-direita-confirmou-se-um-pesadelo-para-os-portugueses=f897180#ixzz3ISnaaUqv
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