sábado, 8 de novembro de 2014

A. Costa: "O sonho da direita confirmou-se um pesadelo para os portugueses"

 FOTO PAULO NOVAIS / LUSA
(...) António Costa, candidato único a líder socialista nas eleições diretas de dia 21, apresentou esta sexta-feira de tarde a sua moção de estratégia. Em Coimbra, perante uma plateia onde pontificavam destacados "seguristas", como Álvaro Beleza, Eurico Brilhante Dias ou Manuel Machado, o candidato saudou "calorosamente" os militantes e simpatizantes que participaram nas primárias de agosto. E anunciou uma revisão dos estatutos do PS que consagra a possibilidade de primárias como solução permanente, quer para o cargo de secretário-geral, quer para outros cargos partidários.
Desta vez, Costa não ignorou o nome do seu antecessor: logo ao início da intervenção, prometeu "dar continuidade" aos valores de um partido que, "nos seus diversos líderes, de Mário Soares a António José Seguro, foi sempre um esteio fundamental da democracia".
O candidato a secretário-geral do PS disse retirar "duas grandes lições" do processo das primárias: a primeira, a de que "um partido é tanto mais forte quanto maior for a participação democrática dos seus simpatizantes e militantes"; a segunda, que "a força que o PS mobilizou é a força da vontade de mudança em Portugal".
No seu primeiro discurso como líder da oposição - apesar de a entronização de facto só acontecer daqui por três semanas, no Congresso marcado para Lisboa -, Costa não perdeu tempo a atacar o Governo: "Em 2011, a direita cumpriu o velho sonho de ter uma maioria, um Governo e um Presidente; em menos de três anos, este sonho da direita confirmou-se um pesadelo para os portugueses".
Para António Costa, este é "um Governo fracassado, esgotado e incapaz". Logo, "não serve, tem de ser mudado". Para tanto, o quase-líder socialista propõe-se apresentar um programa de Governo, elaborado em moldes diferentes dos tradicionais, que seja recebido com credibilidade pelos portugueses, pois "é a credibilidade que gera confiança". 
Nesse sentido, anunciou ir encomendar a um conjunto de economistas a elaboração de um quadro macroeconómico que balizará o programa de Governo: "A ação política tem também influência no rumo da economia; governar é também fazer acontecer", disse ainda, concluindo: "Não nos resignamos à fatalidade da crise". ( )
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