Hoje, o PS ganharia com 45%, mais 13% do que PSD(28%) e CDS(4%) juntos. CDU e BE descem.
Quase 70% das pessoas acham que o governo é mau ou muito mau
O Partido Socialista está à beira de uma maioria absoluta nas legislativas do próximo ano, aponta o barómetro realizado pela Universidade Católica para a RTP, Antena 1, Jornal de Notícias eDiário de Notícias. O estudo realizado duas semanas após a vitória de António Costa nas Primárias do PS revela um desejo de mudança dos portugueses, que castigam os partidos do Governo com percentagens que são das piores já registadas, quer pelo PSD quer pelo CDS-PP.
Quase 70% das pessoas acham que o governo é mau ou muito mau
António Costa é o mais popular com 62%.
O estudo realizado duas semanas após a vitória de António Costa nas Primárias do PS revela um desejo de mudança dos portugueses, que castigam os partidos do Governo com percentagens que são das piores já registadas, quer pelo PSD quer pelo CDS-PP.
O Partido Socialista está à beira de uma maioria absoluta nas legislativas do próximo ano, aponta o barómetro realizado pela Universidade Católica para a RTP, Antena 1, Jornal de Notícias eDiário de Notícias. O estudo realizado duas semanas após a vitória de António Costa nas Primárias do PS revela um desejo de mudança dos portugueses, que castigam os partidos do Governo com percentagens que são das piores já registadas, quer pelo PSD quer pelo CDS-PP.
Estes números foram obtidos calculando a percentagem de intenções diretas
de voto em cada partido em relação ao total de votos válidos (excluindo
abstenção e não respostas) e redistribuindo indecisos com base numa segunda
pergunta sobre intenção de voto. São apenas consideradas intenções e
inclinações de voto de inquiridos que dizem ter a certeza que vão votar ou que
dizem que em princípio vão votar.O estudo da Universidade Católica para a RTP e Antena 1 revela
uma clara intenção de mudança do universo eleitoral português, que ganha força
na resposta sobre a abstenção: 70% dos inquiridos manifestam a
intenção de votar (15% “em princípio” e 55% “de certeza”). Dados
que quebram o ciclo de crescimento da abstenção dos últimos atos
eleitorais.
Assim, se as eleições fossem hoje - e respondendo já depois de António
Costa assumir a liderança do PS – 45% dos inquiridos votariam no PS,
percentagem que em anteriores cenários eleitorais já valeu ao PS uma
maioria absoluta. No PSD votariam 28% da amostra e 4% no CDS-PP, o que
representa para a atual coligação uma queda superior aos 10 pontos percentuais,
face à última sondagem.
À esquerda, a CDU (coligação do PCP com os Verdes) garante 10% de
intenção de voto (desce 2 pontos) e o BE prossegue a curva descendente com apenas
4% da preferência da amostra. O Bloco é o partido que mais cai desde o
barómetro anterior (tinha 7%).
Estes dados revelam ainda que, desde o barómetro realizado em
abril, a diferença entre PS e PSD alargou-se de 6 para 17 pontos
percentuais. Os socialistas são aliás o partido que mais sobe desde o estudo
anterior, com mais 9 pontos.Efeito
Costa
Os números da sondagem vão no sentido de um novo ciclo sob a liderança de
António Costa como candidato do PS a primeiro-ministro. Quando
questionados acerca das personalidades mais influentes da vida política
portuguesa, é António Costa que merece mais avaliações positivas (62%),
seguido a uma larga distância por Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP
(53%). Todos os outros líderes partidários e o Presidente Cavaco Silva
têm avaliações abaixo dos 50%.
António Costa consegue uma
preferência pouco inferior àquela de Passos Coelho e Paulo Portas em
conjunto (respectivamente 36% e 33% para uma soma de 69%). Os líderes dos
partidos que compõem a coligação do Governo são as figuras políticas mais
penalizados nesta avaliação.
De referir ainda a entrada para esta
tabela de Marinho e Pinto, que recolhe para já 47% de avaliações
positivas. Cavaco Silva, que em abril obteve 48% de avaliações positivas,
fica-se agora pelos 46%.
Apenas 22% dão nota positiva ao Governo
À semelhança do barómetro realizado há seis meses, o desempenho do Governo
continua a colher uma avaliação esmagadoramente negativa (37% Mau e 33% Muito
Mau).
Face a estes dados penalizadores para o Executivo Passos-Portas, as pessoas
que respondem à sondagem manifestam-se contudo descrentes (54%) na capacidade
de qualquer dos outros partidos para fazer melhor.
Apenas 26% dos inquiridos acreditam nas capacidades dos partidos da
oposição. Destes, 61% apontam o PS como a melhor alternativa à coligação PSD-CDS.
A CDU mereceu 16% e o BE 7%.
Coligações sim… mas à esquerda
A ideia que fica das respostas é que a maior parte dos inquiridos que
votam PSD ou CDS-PP defendem que devem concorrer coligados (PSD: 60% contra
33%; CDS: 62% contra 32%).
Já os eleitores identificados com a esquerda parlamentar (PS, CDU e BE)
consideram que a coligação deve dissolver-se para as próximas Legislativas.
Colocados perante o cenário de uma vitória do PS no próximo escrutínio, os eleitores de direita preferem um executivo de coligação do PS com um partido da direita a um Governo apenas socialista. O mesmo sucede com os partidos à esquerda do PS, que manifestam igualmente a preferência por um executivo de coligação, neste caso com um partido de esquerda.
Colocados perante o cenário de uma vitória do PS no próximo escrutínio, os eleitores de direita preferem um executivo de coligação do PS com um partido da direita a um Governo apenas socialista. O mesmo sucede com os partidos à esquerda do PS, que manifestam igualmente a preferência por um executivo de coligação, neste caso com um partido de esquerda.
Os eleitores do PS prererem um governo de partido único, o
Partido Socialista (46%, contra 32% de eleitores socialistas que aceitariam de
bom grado uma coligação à esquerda).
Ficha
Técnica
Esta sondagem foi realizada pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa
para a Antena 1, a RTP, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias nos dias
11, 12 e 13 de outubro de 2014. O universo alvo é composto pelos indivíduos com
18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes em Portugal
Continental. Foram selecionadas aleatoriamente dezanove freguesias do país,
tendo em conta a distribuição da população recenseada eleitoralmente por
regiões NUT II e por freguesias com mais e menos de 3200 recenseados. A seleção
aleatória das freguesias foi sistematicamente repetida até que os resultados
eleitorais das últimas eleições legislativas nesse conjunto de freguesias
(ponderado o número de inquéritos a realizar em cada uma) estivessem a menos de
1% dos resultados nacionais dos cinco maiores partidos. Os domicílios em cada
freguesia foram selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada
domicílio o mais recente aniversariante recenseado eleitoralmente na freguesia.
Foram obtidos 1064 inquéritos válidos, sendo 62% dos inquiridos do sexo
feminino, 36% da região Norte, 18% do Centro, 31% de Lisboa, 8% do Alentejo e
7% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo
com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões
etários, região e habitat na base dos dados do recenseamento eleitoral e do
Censos 2011. A taxa de resposta foi de 66%*. A margem de erro máximo associado
a uma amostra aleatória de 1064 inquiridos é de 3%, com um nível de confiança
de 95%.
Sem comentários:
Enviar um comentário