terça-feira, 6 de maio de 2014

A 140 mil: Dar o que é nosso com uma mão e tirar com a outra

No DEO, o Governo inscreve a "intenção"  de devolver 20% do corte salarial que está a ser aplicado desde 2011 e que no início de 2014 foi alargado a todos os que ganham por mês mais de 675 euros.  
Quando, há poucos meses, o PS anunciou este propósito de, progressivamente, repor os salários, logo que fosse governo, sublinhando que "não seria no dia seguinte, nem num só dia", este Governo gritou logo: "aqui-d'el-rei"que os socialistas querem arruinar as contas públicas. 
Passos Coelho acrescentaria que as pessoas não poderiam voltar a receber o mesmo que em 2011 e que, sublinho, "nem isso seria desejável". Portanto, agora, em clima eleitoral, já tudo é possível. E as contas públicas não correm o risco de "ruína".
MAS, no mesmo momento, foi também anunciada uma subida de 0,2% das contribuições dos trabalhadores para os sistemas de previdência. 
Os cerca de 140 mil trabalhadores que auferem menos de 675 euros e que, por isso, ficaram de fora desta medida de corte, deverão contar com uma descida do salário mínimo líquido a partir de janeiro quando entrar em vigor a nova taxa de 11,2%.

Sem comentários:

Enviar um comentário