Os
deputados do PS, José Junqueiro e Acácio
Pinto, deslocaram-se no dia 31 de março aos concelhos de Armamar e de Vila
Nova de Paiva, no âmbito no âmbito do "Novo Rumo", em defesa do interior e do poder local.
No
concelho de Armamar reuniram com o presidente da câmara
municipal, João Paulo Fonseca, que desempenha,
igualmente, as funções de presidente da associação de municípios
do Douro Sul.
Em cima
da mesa estiveram as questões relacionadas com o encerramento de
serviços no interior e, neste caso concreto, com a extinção
do tribunal de Armamar, conforme consta do decreto-lei 49/2014 de 27 de março.
A
este propósito o presidente manifestou aos
deputados a sua completa oposição a tal decisão
do governo, dizendo mesmo que ela iria ser contestada judicialmente com providências cautelares e o recurso à
figura de "ação popular".
Lembrou que esta extinção
de tribunais foi tomada por decreto, à revelia da AR e dos autarcas, e que a estes
a ministra nunca se dignou recebê-los. Sublinhou ainda que
da decisão assumida, à margem do poder local, resultarão
sérios
prejuízos para as populações que têm que se deslocar grandes distâncias
(a Viseu na maior parte dos casos) para obterem justiça, num
território que não tem qualquer rede de transportes.
Neste
contexto, os deputados do PS solidarizaram-se e anunciaram ir fazer
entrega, em articulação com todos os colegas de todos os
distritos, nos termos regimentais e constitucionais em vigor, de um pedido de
"apreciação parlamentar" do decreto, pois
pretendem inviabilizar no Parlamento a extinção
de tribunais.
Em
Vila Nova de Paiva os deputados do PS, acompanhados pelo presidente da câmara,
José Morgado e outros autarcas, visitaram a empresa NOVACABLE,
uma pequena empresa especializada na produção de cablagens de alta tecnologia
para a indústria
aeronáutica, militar, de máquinas, bem como de equipamentos elétricos
e eletrónicos.
Fundada
em 2000, em Vila Nova de Paiva, esta unidade afirma-se como um exemplo de quem se constituiu como parceiro no
desenvolvimento do interior, pesem
embora todos os custos de contexto que o atual governo tem vindo a agravar a nível
do aumento de custos nos fatores de produção e da eliminação dos estímulos fiscais existentes.
A sua
produção é para exportação
e as suas cablagens estão incorporadas em equipamentos
diversos de que destacamos: os aviões Mirage e Alpha Jet, o metro de
Paris, os novos veículos militares Pandur, inúmeras
retroescavadoras mineiras, cabos de comunicação via
rádio para a marinha e cablagens para a fórmula
1.
Se há
quem não se resigne e lute diariamente por tornar o interior uma
oportunidade, caso dos autarcas e de muitos empresários, impõe-se
que o governo, na defesa da coesão territorial, inverta as políticas cegas que está
a implementar que, afetando todos os portugueses, e patrocinando,
"irrevogavelmente", a regressão demográfica,
desertificação e emigração.
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