sexta-feira, 21 de março de 2014

José Junqueiro - PS contra ataca - reposição de rendimentos



(Lusa) O vice-presidente da bancada do PS José Junqueiro reiterou hoje que, quando forem governo, os socialistas terão como "prioridade progredir no sentido da reposição dos rendimentos", mas não "no primeiro dia nem num só dia".
"O PS no Governo terá como prioridade progredir no sentido da reposição dos rendimentos dos portugueses, não o fará no primeiro dia nem num só dia", afirmou José Junqueiro aos jornalistas no Parlamento.
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, exigiu hoje um esclarecimento por parte do secretário-geral do PS, António José Seguro, sobre a sua posição relativamente à reposição de rendimentos dos portugueses, após declarações do conselheiro económico socialista Óscar Gaspar.
"O PS não faz demagogia sobre esta matéria e os portugueses entendem bem porquê, porque a austeridade excessiva e os cortes excessivos não permitirão que isso aconteça no primeiro dia, nas não impedem que o PS faça como seu desígnio e seu projeto repor os rendimentos dos portugueses", frisou.
"Não faremos como o doutor Pedro Passos Coelho, que escreveu o seu programa eleitoral no dia 1 de abril e quando chegou ao Governo fez tudo ao contrário do que tinha dito", acusou.
José Junqueiro insistiu ainda que "o PS fez uma proposta ao PSD para um debate que respondesse a uma pergunta sobre se o país está melhor ou pior e fez também um apelo no sentido de o PSD e Governo se reunir em torno de um grande consenso nacional sobre o salário mínimo".
"O Governo fugiu e tentou o ´fait-divers'", afirmou, defendendo que, "para um consenso nacional em torno do salário mínimo, só falta mesmo o PSD".
Na quarta-feira à noite, na SIC Notícias, e questionado sobre se o PS quando for Governo repõe os salários, pensões e prestações sociais ao nível de 2011, o conselheiro económico do PS Óscar Gaspar respondeu: "A resposta séria é não. Nem os portugueses imaginariam, nem nunca ouviram do líder do PS nenhuma proposta demagógica para voltarmos a 2011 porque não é possível. As contas públicas portuguesas não o permitem".
Na quinta-feira, o porta-voz do PSD e coordenador da comissão política Marco António Costa pediu para que o PS esclarecesse se as afirmações do conselheiro de António José Seguro "coincidem com as do Governo, e com o realismo da situação, ou se é a posição que tantas vezes se ouve pela voz de outros dirigentes do PS que prometem o céu e a terra aos portugueses" perto das eleições.
Na resposta, Óscar Gaspar garantiu, à margem de uma sessão da convenção "Novo Rumo para Portugal", que "ao contrário do Governo", o PS trabalhará, quando chegar ao executivo, para repor salários e pensões, mas sublinhou que "não há varinhas mágicas na economia".
"Creio que o país espera clareza do principal partido da oposição e do seu líder relativamente a uma matéria tão importante", insistiu hoje Montenegro.
O deputado social-democrata afirmou ainda que a intervenção de Óscar Gaspar foi "uma aproximação maior à realidade" por parte do PS, mas que o seu "principal protagonista é o seu secretário-geral e a ele deve ser pedido que esclareça a sua posição".


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