quinta-feira, 9 de junho de 2011

RAZÕES DO APOIO A ANTÓNIO JOSÉ SEGURO

António José Seguro lança hoje a sua candidatura a Secretário Geral. Vou apoiá-lo. Fez-se por si e vale por si. Fez o seu caminho, sempre, junto dos militantes do PS. Não é herdeiro de nenhuma estratégia temporária, nem escolha pragmática de quem não quer ser diferente e entende que o PS é algo que existe, mas não se ouve nem se sente.
Tal como eu, percorreu o país de norte a sul, sempre, para ajudar o PS, os seus militantes e os seus dirigentes locais. É dos que pensa que as bases existem todos os dias e não apenas como actores de eventos esporádicos, uma espécie de público indiferenciado.

Foi Secretário Geral da JS, Secretário de Estado no  1º Governo de António Guterres, depois, com Mário Soares, foi líder dos socialistas no Parlamento Europeu, onde nunca faltou e rapidamente ganhou prestígio, internacionalmente reconhecido
Chamado, inesperadamente, por António Guterres para o segundo Governo, em momento já muito difícil para o PS, não "pestanejou" e sem hesitar veio do Parlamento Europeu para assumir a pasta de seu Ministro Adjunto. Teve, portanto, o sentido do dever para com o PS e o país, sempre acima do seu interesse ou comodidade pessoais.

Líder do Grupo Parlamentar do PS, fui seu vice presidente, tal como o fora com Francisco Assis. Conheço os dois de muito perto e bem melhor do que quase toda agente. São dois socialistas diferentes, com qualidades também diferentes, virtudes inelutáveis e nobreza de carácter.

No entanto, António José Seguro transporta consigo uma capacidade organizadora imbatível, uma experiência parlamentar e de governo plenas de prestígio, uma disponibilidade e assiduidade ímpares, uma proximidade das bases e dirigentes do PS como parte integrante da sua natureza.

Finalmente, para ele o Partido Socialista e os socialistas não são "coisas"de poder pessoal. Os autarcas, os presidentes das federações e concelhias, os socialistas, as pessoas em geral, são parceiros ouvidos na construção do bem comum e sabem bem do que estou a falar.

Foi e é, tudo isto, durante todos estes anos. Deu a cara e combateu sempre pelo PS, com opinião própria e, por vezes, diferente. Pois, mas é essa diferença e pensamento próprios que nos vão acompanhar num caminho novo, acompanhado pelo património político que foi contruído ao longo dos anos, nomeadamente nestes últimos, e que nos prestigia.

Não fizemos tudo bem, mas fizemos o que sabíamos, e, apesar da crise mundial que tanto nos tocou, decidimos e realizámos. Pois é disto que Portugal e o PS precisam, mais do que palavras, gente que faça, maior desprendimento e renovado empenhamento, mais sociedade e melhor partido, ouvir mais e decidir melhor. E, para isso, é necessária outra atitude.

2 comentários:

  1. Bruno Miguel,militante Socialista da Secção de Peso da Régua10 de junho de 2011 às 11:54

    É o Secretário-Geral de que o PS tanto precisava! Com ele as bases do PS vão ser certamente ouvidas,por pertencer á esquerda da estrutura e será um politico,que vai estar no terreno junto dos militantes Socialistas.Eu já o conheço do tempo da Juventude Socialista.Ainda cheguei a colar cartazes da JS com a fotografia dele,sempre fiel aos principios e convicções Socialistas...

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  2. É necessária outra atitude em relação a qual ou a quem?

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