domingo, 6 de março de 2011

Klaus Regling - Fundo de resgate europeu - Portugal não precisa de ajuda

Klaus Regling está à frente do fundo de resgate europeu.

O presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, considera que Portugal não precisa de ajuda.

"Nesta altura parece que [a Irlanda será o único país a recorrer ao FEEF]. Já não vejo qualquer necessidade de ajudar a Espanha", afirmou Regling à rádio ORF, acrescentando que "Portugal ainda tem que fazer algum trabalho" para evitar o resgate internacional.

Apesar de o FEEF ter recursos disponíveis para ajudar os países europeus sob a mira dos mercados, "actualmente, usá-los não parece ser necessário", reforçou o presidente, citado pela agência de informação financeira Bloomberg.

"Os mercados estão a especular sobre se um país como Portugal poderá ter que recorrer à ajuda", salientou, realçando que "outros países que até há algumas semanas e meses os mercados também pensavam que necessitariam de ser resgatados estão hoje num diferente estádio de desenvolvimento".

Regling sublinhou que "em Espanha, as extensas medidas de consolidação orçamental e as reformas estruturais realizadas" levaram os mercados a aceitarem que aquele país "não precisa de nenhum dinheiro" do fundo de resgate europeu.

O actual mecanismo de resgate de Bruxelas, com o apoio do Fundo Monetário Internacional, tem uma capacidade total de 440 mil milhões de euros, através dos 130 mil milhões de euros disponibilizados pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), mais 60 mil milhões directamente da Comissão Europeia através do Mecanismo de Estabilização Europeu (EFSM, na sigla em inglês), e completado com 250 mil milhões de euros de participação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No entanto, o FEEF não pode utilizar a totalidade dos 440 mil milhões de capacidade que tem previstos devido às necessárias reservas de capital para manter o 'rating' AAA atribuído pelas agências de notação financeira, estando a capacidade 'utilizável' estimada em cerca de 250 mil milhões de euros.
Económico com Lusa

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