domingo, 6 de março de 2011

…E APENAS SE CONCENTRA NO PAÍS

“Pela 1ª vez, em 15 anos, a despesa efectiva do Estado caiu 3,65% em 2 meses consecutivos. Despesa corrente e despesa corrente primária diminuíram 3,9%. Despesa com remunerações certas e permanentes cai 5,3%.”

Estes são os factos que deixaram enervada a oposição em geral e o PSD em particular, num dia em que se colocava no mercado mais dívida pública e em que Angela Merckel elogiou Portugal e os esforços do Governo para a recuperação da economia e estabilidade do euro.

A oposição tentou desmerecer dos resultados. A atitude é grave. Não porque se faça oposição ao Governo, mas porque se expõe o país e se mina a credibilidade que procuramos todos os dias.

E o Primeiro Ministro e o Governo fazem esse trabalho determinado e permanente para que, afinal, os portugueses usufruam dessa credibilidade. Mais confiança dos mercados e juros mais baixos são fundamentais para criar melhores condições para a competitividade e mais emprego.

A situação política não ajuda muito à economia. Apenas o Governo parece estar interessado em ser parte da solução.

As mil facilidades anunciadas pelas esquerdas mais radicais ou as críticas torrenciais da direita, sem uma única proposta credível, são atitudes que, neste contexto, entram no domínio do devaneio e da irracionalidade.

Num momento em que todos não somos demais para denunciar e aliviar as pressões especulativas, parece faltar aos líderes políticos, sobretudo ao PSD, dimensão de estado, responsabilidade política e consistência ideológica.

Pacheco Pereira sucede a Santana Lopes nas críticas a Pedro Passos Coelho. As coisas no PSD não estão bem, internamente. A pressa do poder, o desejo confesso de que o Governo falhe e a aposta calculista no seu desgaste prolongado - para uma tomada de poder duradoura - não jogam bem com a impaciência do baronato tradicional.

O Bloco sofre do mesmo mal. A moção de censura expôs as fragilidades internas. Francisco Louçã está “monótono”. O estilo cansou. A fuga de eleitorado conjuntural começa a consolidar-se.

O despique com o PCP perdeu sentido e oportunidade. Nenhum deles aspira ao Governo, apenas a oposição radical; ao contrário de Paulo Portas que, ao menos, com sinceridade, lá confessa que quer ser número dois de Passos Coelho, seja de que modo for.

E o eleitorado, independentemente de apreciar ou não José Sócrates, interioriza, cada vez mais, que tem um Primeiro Ministro que não vira a cara às dificuldades e apenas se concentra no país.
LUSA

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