Convém recordar. Palavras de maio. O PSD "em vez do colossal aumento de impostos, deveria ter feito uma colossal redução da despesa".
"Quanto ao cenário macroeconómico do PS, Catroga elogia-o como uma "boa metodologia", considerando-o como "uma viragem do PS a caminho do centro político e de uma política económica de rigor (...)
O PSD atrasou-se no processo de redução da despesa pública e, por
isso, devia pedir desculpa aos portugueses", afirma o antigo ministro das
Finanças de Cavaco Silva e atual presidente da EDP, numa entrevista ao jornal
"Público" desta segunda-feira.
Na entrevista, Eduardo
Catroga afirma que o seu partido, "em vez do colossal aumento de impostos,
deveria ter feito uma colossal redução da despesa". E acrescenta:
"Deveria fazer autocrítica por não ter feito a pedagogia das medidas [do
programa de ajustamento]".
Quanto ao cenário
macroeconómico do PS, Catroga elogia-o como uma "boa metodologia",
considerando-o como "uma viragem do PS a caminho do centro político e de
uma política económica de rigor que nunca teve enquanto conduziu o
Governo".
"É uma viragem da
política económica económica do PS a caminho do centrão político",
destaca.
Para Catroga, apesar das
projeções do cenário oferecerem riscos, nomeadamente orçamentais e de contas
externas, entre outros, o cenário representa um conjunto de propostas que estão
mais próximas do programa económico apresentado pelo Governo (o Programa de
Estabilidade)."Dirá que está aí a um
quilómetro de distância e afastou-se mil quilómetros das propostas dos
segmentos políticos à esquerda do PS", concretiza.
Questionado ainda quanto às
eleições presidenciais, Catroga cita uma lista de vários candidatos de várias
áreas ideológicas, de acordo com o perfil que defende, de um "Presidente
com experiência política, visão estratégica e perfil de independência dos
aparelhos partidários".
Assim, na área do PSD,
aponta Fernando Nogueira, Manuela Ferreira Leite e Marcelo Rebelo de Sousa, na
do PS Luís Amado, António Vitorino e Guilherme de Oliveira Martins, e na dos
independentes Artur Santos Silva, Carlos Monjardino, João Lobo Antunes, António
Horta Osório e António Barreto.
E conclui: "Não tenho
visão partidária da política, uma candidato fabricado pelos aparelhos
partidários é mau". (LUÍSA MEIRELES)
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