O presidente da câmara de Viseu, Almeida
Henriques, reuniu-se em Coimbra, esta semana, com o seu homólogo e presidente
da ANMP, Manuel Machado. Em cima da mesa esteve a intervenção urgente no IP3,
um compromisso adiado por este governo ao longo de 4 anos.
Chegou a esta reunião com um ano e dois
meses de atraso, porque em fevereiro de 2014, em Coimbra, os deputados e autarcas
socialistas, bem como os dirigentes das estruturas políticas dos dois
distritos, encontraram-se para reclamar do Governo uma intervenção urgente no
IP3.
Recordo aqui, por Coimbra, as palavras
de Manuel Machado: “A intervenção no IP3 "é uma necessidade imperiosa e
urgente", disse Manuel Machado, salientando que
a ausência de um novo traçado "prejudica
a economia da região" e relembrou que esta via de comunicação é "mais
utilizada" do que a A25, que liga Viseu a Aveiro.” … “E é uma ligação
estratégica ao porto da Figueira da Foz.”
E, por Viseu, recordo também as minhas: "As pessoas que estão aqui não podem
ser enganadas. Nem os autarcas nem os deputados", sublinhou
José Junqueiro, deputado eleito por Viseu, exigindo que o Governo retire o
projeto "do papel e materialize a intervenção no IP3"... "onde já
morreram mais de 120 pessoas e destroçou as vidas de centenas de famílias"
Almeida Henriques sempre protegeu o seu ex-colega de Governo,
Sérgio Monteiro, sempre desculpou a sua estratégia de “empata”. E nem vale a
pena lembrar os momentos em que assegurava à obra um financiamento a 85% (fundos
comunitários) ou um outro em que o PSD na assembleia municipal fazia aprovar
uma moção a exigir do Executivo uma ligação em duas vias, com perfil de
autoestrada e sem portagem.
Tinha mais uma vez razão, infelizmente, ao considerar nessa altura
“que
o estudo, mais um, o IEVA (infraestruturas de elevado
valor acrescentado) concluiu o já concluído há muitos anos e,
portanto, nada de novo. Se todos concordam que é necessário fazer esta ligação,
então só falta mesmo fazer”
E foi salientado ainda que “os deputados não são acionistas de um
expetativa publicitária, nem
de nenhuma estratégia eleitoral do Governo, reiterando que todos o que ali
estavam exerceriam a “tolerância zero” para com o Executivo.”
Portanto, ainda que tarde e sob pressão, o autarca de Viseu é
bem-vindo ao clube dos que nesta matéria praticaram sempre a “tolerância zero” para com o Executivo.”
DV 2015.04.22
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