Nos pontos essenciais não houve grande surpresa: seria impensável criar uma crise política com eleições antecipadas e também não estava à espera que fosse validada a proposta de governo, porque não seria expectável que o PR tivesse ouvido pessoas se já tivesse tomado uma decisão prévia. Pelos vistos, (Passos e Portas) falaram cedo demais.
Para qualquer pessoa que conheça minimamente o PSD, a última coisa que o partido podia aceitar era essa proposta, de uma coligação em que o CDS fosse a parte forte (tal como o CDS não aceitou a solução da demissão de Portas), o que revela que os partidos não aceitam tudo o que os líderes querem fazer.
O PR tem razão em considerar que este é um momento particularmente complexo e para ajustar esta situação (em relação ao programa de ajustamento) era preciso que algumas pessoas engulam sapos; e a primeira pessoa que não quis engolir o sapo foi o MF, estando aí o início da crise. A proposta do PR é de curto prazo, para um ano, e vai ter que haver cedências de todos os lados.
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