A carta de VG é interessante, não sendo normal que pessoas que deixam funções deixarem cartas para serem divulgadas. VG assume que falhou mas em nenhum ponto diz que a política falhou. Reconhece que não tem credibilidade para fazer uma mudança. Faz claramente uma acusação ao governo em matéria de coesão, faz uma acusação ao PM em termos de liderança e deu a ideia de que tem dificuldades em governar com os contrapesos de uma sociedade democrática.
PM faz opção por Maria Luís Albuquerque porque não tem outra solução. É uma solução de recurso, encontrada dentro do próprio governo. É claramente suicidária, porque não tem peso específico, não tem autoridade para se impor aos seus pares e está envolvida nesta questão dos swap.
Maria Luís Albuquerque deu a ideia de que no briefing não fazia a mínima ideia de que seria MF, o que é extraordinário para um cargo desta importância. Paulo Macedo era uma solução melhor mas fez um trabalho na Saúde que mereceu reconhecimento.
Temos aqui um problema: Portas, que é agora o número dois do governo, tem andado a pedir uma alteração de política e não parece que Maria Luís Albuquerque a vá fazer.
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