quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PS VISEU - APRESENTA PROPOSTA ALTERNATIVA - REORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO - CÂMARA ABANDONA FREGUESIAS

Segunda-feira, no Solar dos Peixotos, o Presidente da Federação, João Azevedo, e o Vice-Presidente do Grupo Parlamentar, José Junqueiro, a convite da Presidente da Concelhia de Viseu, Lúcia Silva, animaram um debate com os autarcas eleitos pelo PS no concelho.

O objectivo foi o de analisar a reforma do território pelo contraditório entre as propostas do PS e as propostas do governo inscritas no chamado "livro verde" ou seja a REFORMA DO GOVERNO E MIGUEL RELVAS.
Usaram da palavra os presidentes de junta António José Oliveira (Bodiosa)e de S.Pedro de France, Fernando Machado. Têm duas situações diferentes: Bodiosa, uma freguesia maior e extinta ou agregada, enquanto S. Pedro de France, mais pequena, fica como está pela aplicação do critério matemático da distancia linear. E este foi objecto de uma crítica generalizada pela instabilidade territorial que provoca e pela irracionalidade que o enquadra.
Depois, João Torres (Torredeita), João Coelho (Rio de Loba), Caiado (Abraveses), Fernando Figueiredo (Farminhão), Costa (Coração de Jesus), Alberto Ascenção (Torredeita), Messias (Orgens), João Cruz, Carlos Portugal e Armando Martins (Viseu), entre outros colocaram questões pertinentes comentadas por João Azevedo e José Junqueiro.

As questões sobre a identificação da freguesia agregadora, o património de cada uma, a lei eleitoral, a lei de finanças locais, a sede  administrativiva dos territórios agregados, a ausencia de transportes e acessos dedicados entre as freguesias neste novo formato, a despersonalização do atendimento aos fregueses, o seu fim incontornável nas áreas de maior dimensão foram, entre outras, outras tantas razões de debate.

O silêncio e resignação da câmara, o abandono a que vota as freguesias e as suas populações nesta hora tão difícil e o conformismo, revelam uma nova atitude, lamentável, mas nova. Em síntese, a autarquia preferiu o partido às populações. Pois, difícil de acreditar, mas é assim.Pede-lhes um cheque em branco.

As populações não sabem por quem vão ser representadas, não se conhece a nova lei eleitoral, não se conhece o modo de financiamento, porque não há lei das finanças locais, não se conhece a junta que vai "mandar" nas outras, nada se discutiu sobre a nova "dese administrativa", a "nova capital", nem tão pouco critérios para os investimentos. Destroi-se, num ápice a identidade cultural, fragiliza-se a coesão social e territorial.

José Junqueiro explicou detalhadamente, em "power point", a alternativa socialista e o trabalho feito e assumiu por isso uma atitude frontal contra a proposta matemática do governo que retalha o território a régua e esguadro, tal como a vida e os valores das pessoas.

Cabe, agora, à concelhia do PS liderar um movimento solidário, racional e construtivo, que permita "atalhar" o abandono das pessoas, o desmantelamento do território e o isolamento das populações. Lembro mesmo que de tudo que já não existe em muitas freguesias o governo decidiu encerrar as extensões de saúde.

Essa atitude torna ainda mais importante discutir tudo, mas absolutamente tudo.



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