sábado, 12 de novembro de 2011

NÃO FOI ESTA A MUDANÇA PROMETIDA (in Diário as Beiras)


PAULO PORTAS A "FAZER DE CONTA"
NA GÃO VASCO
A ligação Viseu-Nelas-Seia, o chamado IC37, foi suspenso, a EN 229, Viseu-Sátão, foi suspensa, o PNB (plano nacional de barragens) para o distrito de Viseu foi suspenso, as Unidades de Saúde Familiar também, as escolas de Viseu, S. Pedro do Sul, Mangualde, Lamego e Moimenta da Beira tiveram o mesmo destino, tal como os acordos de cooperação com diferentes instituições sociais, sendo certo que, em regra, às misericórdias o pagamento está em falta desde Junho.
A Escola Grão Vasco constitui o exemplo mais paradigmático da ausência de carácter nos partidos do governo, que eram oposição há cerca de três meses. Para além dos deputados PSD e CDS do círculo de Viseu, também Paulo Portas foi à escola fazer o seu número político. À custa das crianças, famílias, professores e funcionários, usaram e abusaram da degradação da escola para a "recolha do voto fácil". O que o ministro da educação responde agora, a uma pergunta dos deputados socialistas, é coisa nenhuma, mas eivada de cinismo: "a DREC segue a situação"!
Não querendo ser exaustivo, sempre direi que há investimentos que continuam noutros distritos que não o de Viseu. É uma questão de prioridade política. Veremos o que fazem com a deslocalização da Loja do Cidadão, porque no que toca ao comércio de proximidade não assistimos a uma única medida de fundo e as micro, pequenas e médias empresas viram o seu IRC aumentado para 25% terminando mais uma medida de apoio efectivo que o governo do PS dirigira ao interior do país.
Segue-se, agora, o encerramento de extensões de saúde, a diminuição dos períodos de funcionamento de alguns centros de saúde e, também, contrariamente ao prometido em campanha eleitoral - e já pelo próprio governo de maioria PSD/CDS - o encerramento de mais escolas.
E se tivermos confirmação de que o OE 2012 em vez do endividamento zero vier obrigar os municípios a diminui-lo administrativamente para 60%, então a maioria absoluta passará ao vermelho, despedindo pessoal e reduzindo as acções de apoio social.
Deputado Acácio Pinto, SE José Junqueiro
e João Mata, Inês Campos, Melo, no Minis-
tério da Educação

O PS foi mantido à margem da renegociação do memorando com a "Troika", em Setembro, não foi consultado sobre o OE 2012, viu negadas todas as propostas alternativas ao corte de subsídios e aumentos do IVA para a restauração, gás ou electricidade.
E todos ficámos surpreendidos que, pela terceira vez, o 1º Ministro tivesse escolhido um país estrangeiro para anunciar políticas internas de Portugal. Foi o caso do Paraguai. Ficámos todos a saber que o governo irá renegociar a dívida, pedindo mais dinheiro e assumindo, assim, o fracasso das suas opções políticas. Estamos pior, muito pior. O PSD e o CDS levaram os eleitores ao engano, mais uma vez. Não foi esta a mudança prometida!
DV 2011.11.

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