Investidores penalizam Portugal, Itália, Espanha e França no mercado de dívida e dão tréguas à Bélgica.
As obrigações do Tesouro de Portugal voltaram hoje a registar uma forte pressão vendedora dos investidores. Destaque para as obrigações a dez anos que voltaram a bater um novo recorde: não só a ‘yield' dos títulos ultrapassou os 13,461% no mercado ‘over the counter' (OTC - mercado onde são negociadas a maioria das obrigações), como o diferencial face à ‘yield' das obrigações alemãs a dez anos (‘bunds') cifrou-se nos 1.116 pontos base.
A pressão vendedora faz-se sentir também sobre a dívida italiana. A 'yield' das obrigações a 10 anos subiu até aos 7,383%, um máximo desde a criação do euro, a poucos minutos de Roma tentar levantar oito mil milhões de euros em dívida com maturidades em 2014, 2020 e 2022, arriscando-se a pagar uma taxa média ponderada acima dos 7%, a barreira que levou a Grécia, Irlanda e Portugal a pedir resgate.
Pelo mesmo caminho seguem os títulos de dívida de Espanha e França, com as 'yields' a subirem em todas as frentes, situando-se nos 6,588% e 3,652%, respectivamente.
Já as 'yields' da dívida da Bélgica aliviam na generalidade dos prazos. A taxa a dez anos está nos 5,536%. Isto apesar de os resultados de vários leilões de obrigações belgas realizados ontem terem revelado uma subida explosiva do custo de financiamento do país, face a emissões anteriores com as mesmas características. A Bélgica volta hoje a testar os mercados de dívida.
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