sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A.SEGURO e F.ASSIS JUNTOS NA DECISÃO - A CPN do PS APROVA, a 75%, ABSTENÇÃO NO OE PSD/CDS

A Comissão Política Nacional do PS, a 100%, critica duramente a renegociação secreta do governo com a TroiKa, em Setembro, a elaboração unilateral e escondida do OE 2012, que classifica como iníquo e ultra liberal, apresentado pelo PSD/CDS .

Por quê, então, a abstenção? Porque pretende dar combate total com propostas alternativas concretas (diminuição dos cortes na função pública, apoio à economia e ao emprego, com uma linha de crédito de 5 000M€ às PMEs, redefinição da aplicação das taxas máximas de IVA ou renegociação da sua aplicação na restauração, por exemplo).

Isso não se faz com voto contra primeiro e propostas depois. Esse é o método do PCP e do BE, os mesmos que se abraçaram à direita para derrubar o PS e hoje choram lágrimas de crocodilo em nome dos trabalhadores e das políticas sociais.

E um voto final de abstenção que evitará qualquer desculpa do governo com a agitação dos mercados, que o responsabilizará a 100% pela execução orçamental, que o fará responder pelas alternativas do PS que venha a rejeitar, porque fica claro que não nos confundimos, nem nos métodos, nem nos conteúdos, com o que a direita fez a Portugal, nem com o abraço promíscuo com a esquerda radical.

Com 100% de acordo nas críticas, 75% definiram uma estratégia distinta que, no entanto, alcança a 100% os objectivos que todos querem ver consagrados: um PS credível, apresentando-se como parte da solução, e uma direita PSD/CDS totalmente responsável pela execução do OE 2012.
(José Junqueiro)

LUSA
"António José Seguro propõe abstenção do PS na votação do Orçamento do Estado
O secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, propôs hoje aos socialistas a abstenção na generalidade na votação da proposta do Governo de Orçamento de Estado para 2012.
Segundo fonte oficial, a posição de António José Seguro foi transmitida na abertura da reunião da Comissão Política Nacional do PS.

Na mesma reunião, o secretário-geral do PS defendeu uma demarcação dos socialistas face ao Bloco de Esquerda e ao PCP na linha de oposição ao Governo. "Não será comigo à frente do PS que o partido romperá o acordo com a 'troika'", disse, embora distanciando-se também das políticas até agora seguidas pelo Executivo PSD/CDS.

"Eu declinarei qualquer responsabilidade do PS na execução do Orçamento do Estado para 2012. Este não é o meu Orçamento, mas Portugal é o meu País. O futuro dar-me-á razão na proposta que apresento", considerou.

António José Seguro deixou também avisos de ordem interna: "A partir de hoje há uma única voz" no PS, afirmou, numa alusão à exigência de disciplina de voto interna na votação do Orçamento do Estado para 2012.

Na sua intervenção, o líder socialista disse ainda que recebeu com "choque" a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2012.

Depois, referiu que no último debate quinzenal, na Assembleia da República, considerou que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, eram "injustas e violentas".

 
 
 
 









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