Estive com muitos amigos e apoiantes de Maria de Belém no CCB, na sala Sofia de Mello Breyner, na apresentação da sua candidatura a Presidente da República. Marçal Grilo, Jorge Coelho, Padre Feitor Pinto, Marques Perestrelo, Almeida Santos, António Braga, Manuel Alegre, Mota Andrade, Carlos Zorrinho, entre muitos, participaram no evento.
Maria de Belém garante que se candidata às Presidenciais de 2016 "para disputar a vitória" porque em eleições não há "coroações", numa alusão a Marcelo Rebelo de Sousa, o candidato da Direita com vantagem nas sondagens. E deixa uma crítica indireta a Cavaco Silva: o cargo exige "visão política e não um programa político que nem a Constituição determina, nem a sociedade exige". "Portugal precisa de um Presidente que saiba ser independente, entenda a vontade do povo e dê voz aos mais frágeis da sociedade" |
"A candidata presidencial defende que a corrida a Belém deve transcender a
“apoios políticos” e que tem o direito de se candidatar por um “impulso de
cidadania”. Admite ainda que se Guterres tivesse avançado seria o seu candidato
de eleição.
Poucas horas depois do lançamento da sua
candidatura presidencial, Maria de Belém reiterou esta noite, numa entrevista à
TVI, que considera ter “todas as hipóteses” para ser eleita. Disse que irá
congregar votos à esquerda, apesar de considerar que a corrida a Belém deve
transcender a “apoios político-partidários”.
“Eu considero que tenho todas as
possibilidades e vou explicar as minhas ideias que vou propor ao país. Não é um
modelo de Governo, mas de Presidência e tenho uma enorme confiança nisso”,
afirmou.
Garantindo que não pediu o apoio expresso
do PS, Maria de Belém admitiu contudo que será importante contar com os votos
de militantes e simpatizantes do partido socialista, mas não só. “Há pessoas
que nunca estiveram filiadas, nem tencionam estar e têm uma posição favorável à
minha maneira da estar e terão todo o gosto em votar em mim. Eu acho que o
apoio explícito de um partido é muito importante, mas não é suficiente.”
Confrontada sobre outras candidaturas que
contam com apoio de socialistas, Maria de Belém considerou ter o direito de se
candidatar por um “impulso de cidadania”. “Não me sinto nada diminuída sem o
apoio explícito do PS, até porque tenho uma boa relação com eles”, afiançou.
Segundo Maria de Belém, alguns socialistas
poderão ter manifestado o apoio a determinados candidatos, tendo em conta o
leque existente na altura. “Eu vou trabalhar muito no sentido de ganhar e acho
que tenho condições. Vou bater-me pela vitória, que poderá passar por uma
segunda volta das Presidenciais”, sublinhou.
Admitiu ainda que se Guterres tivesse
avançado para Belém não entraria na corrida, pois esse seria o “seu candidato
presidencial”.
Sobre as legislativas, Maria de Belém
afastou a ideia de que a sua candidatura tivesse prejudicado a campanha
eleitoral do PS e disse encarar com naturalidade o resultado, uma vez que as
políticas de austeridade foram “muito flageradoras.”
Questionada sobre se António Costa devia
demitir-se, Maria de Belém disse recusar comentar as questões internas do
partido. “Não vou fazer comentários nenhuns, estou fora desse mundo de
preocupações, estou na minha campanha.”
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