Paulo Trigo Pereira é
candidato pelo PS em Setúbal e pertence à short-list para as
Finanças que elaborou o programa económico do PS e já defendeu, tal como a
direita, um limite ao défice (3%) na Constituição. O PS sempre disse que não,
convicção comum que António Costa herdou de António Seguro, sublinhando que “O
que é preciso é mudar as políticas e não a constituição”.
Claro, fazê-lo seria prescindir de um instrumento que, como a
realidade deste governo nos ensinou, em vez de poder ser uma ferramenta e uma oportunidade
para estimular a economia e combater a austeridade, funcionaria ao contrário,
como um constrangimento.
Paulo Trigo Pereira terá
mudado de opinião e ainda bem, porque uma coisa é escrever
outra bem diferente é governar. O antigo ministro da Economia do PSD, Álvaro
Santos Pereira, ilustra bem como nem sempre um académico considerado
corresponde ao ministro competente de que o país necessita. Um laboratório é
importante, mas só a vida real prova se tem ou não razão prática a teoria que
nele se desenvolve.
A "introdução de um limite à dívida pública na Constituição para
proteger gerações futuras" é uma das propostas do programa eleitoral da
coligação PSD/CDS e já foi considerada um "disparate" pelos
socialistas, mas conta com o apoio de Paulo Trigo Pereira. O economista - um
dos nomes na short-list do PS para as Finanças - é candidato pelo círculo de
Setúbal em lugar elegível e esteve entre os 12 especialistas que elaboraram o
plano económico do PS. (in I- 05-08-2015)
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