A maratona
negocial com a Grécia demorou mais de 17 horas. Os dirigentes europeus passaram
a noite em claro. Quando quase exaustos conseguiram aproximar posições – que é
como diz, que a Grécia aceitasse tudo e mais várias coisas que tinha recusado
para não ser obrigada a sair do euro – eis que um último diferendo ameaçava
deitar tudo por terra. Foi aí que o primeiro-ministro português interveio e deu
a sugestão que resolveu o problema. A História da Europa seria outra a partir
de hoje se não fosse Pedro Passos Coelho.
Digamos que
depois de tanto debate, tanta discussão, tantas palavras duras e mesmo alguns
gritos, depois de tanta divergência, de tanta recusa e intransigência, de tanta
imposição e humilhação, eis que se vislumbrava finalmente a entrada muitíssimo
estreita para o tão desejado acordo. Só que, já raiava a manhã e havia ainda um
último obstáculo, que só foi ultrapassado pelo engenho e arte do
primeiro-ministro português.
Depois de ter
salvo Portugal, Pedro Passos Coelho salva agora a Europa do cataclismo! Um
homem assim está seguramente fadado para outros e muito maiores voos.
«Portugal
manteve sempre uma postura muito construtiva e devo dizer até que a solução que
acabou por desbloquear o último problema que estava em aberto - que era justamente
a solução quanto à utilização do fundo [de privatizações] partiu de uma ideia
que eu próprio sugeri. O que significa que até tivemos uma intervenção que
ajudou a desbloquear o problema". Ora aí está! Em momentos decisivos,
Portugal sempre se agigantou e os seus dirigentes transcenderam-se. Este é mais
um desses momentos – e, com grande probabilidade, o maior e o mais imorredouro
de todos eles.
Passos Coelho
explicou que a sua sugestão partiu da ideia de que do valor de 50 mil milhões
de euros do fundo de privatizações, metade, ou seja "25 mil milhões
pudessem ser utilizados para poder privatizar os bancos que estão agora a ser
recapitalizados. A formulação adotada foi reembolsar os empréstimos (...) e que
acima desse valor se pudesse então fazer uma utilização quer para abater à
divida publica, quer para se poder financiar o crescimento em partes
iguais".
Sem esta
sugestão, adotada com entusiasmo pelos seus exaustos e exangues pares, a Grécia
estaria neste momento a fazer as malas para sair do euro, os mercados de
capitais em todo o mundo estariam a registar perdas monumentais, o euro estaria
em quebra acentuada, os bancos centrais de todo o planeta estariam a comprar
divisas para defender as suas moedas e os dirigentes internacionais estariam a
convocar cimeiras de emergência para enfrentar o Armagedão.
Qual Hollande ou
Matteo Renzi! Qual Angela Merkel e Wolfgang Schäuble! Qual Jean-Claude Juncher
ou Jeoren Dijsselbloem! O verdadeiro herói desta maratona negocial que manteve a integridade da Europa chama-se Pedro Passos Coelho! Não fosse ele e o
Mundo estaria hoje a mergulhar num pesadelo em vez de estar a avançar para um sonho.
Depois de ter
salvo Portugal, Pedro Passos Coelho salva agora a Europa do cataclismo! Um
homem assim está seguramente fadado para outros e muito maiores voos. O país
espera que o mundo repare nisso e que essa injustiça seja reparada rapidamente.
Entretanto, por cá, se bem que os primeiros-ministros não tenham direitos a
cognome, bem se pode abrir uma exceção neste caso mais do que merecida: Pedro,
o Salvador!
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