terça-feira, 14 de julho de 2015

(Exp.) Olha se não fosse o Pedro!

Olha se não fosse o Pedro!
A maratona negocial com a Grécia demorou mais de 17 horas. Os dirigentes europeus passaram a noite em claro. Quando quase exaustos conseguiram aproximar posições – que é como diz, que a Grécia aceitasse tudo e mais várias coisas que tinha recusado para não ser obrigada a sair do euro – eis que um último diferendo ameaçava deitar tudo por terra. Foi aí que o primeiro-ministro português interveio e deu a sugestão que resolveu o problema. A História da Europa seria outra a partir de hoje se não fosse Pedro Passos Coelho.
Digamos que depois de tanto debate, tanta discussão, tantas palavras duras e mesmo alguns gritos, depois de tanta divergência, de tanta recusa e intransigência, de tanta imposição e humilhação, eis que se vislumbrava finalmente a entrada muitíssimo estreita para o tão desejado acordo. Só que, já raiava a manhã e havia ainda um último obstáculo, que só foi ultrapassado pelo engenho e arte do primeiro-ministro português.

Depois de ter salvo Portugal, Pedro Passos Coelho salva agora a Europa do cataclismo! Um homem assim está seguramente fadado para outros e muito maiores voos.

«Portugal manteve sempre uma postura muito construtiva e devo dizer até que a solução que acabou por desbloquear o último problema que estava em aberto - que era justamente a solução quanto à utilização do fundo [de privatizações] partiu de uma ideia que eu próprio sugeri. O que significa que até tivemos uma intervenção que ajudou a desbloquear o problema". Ora aí está! Em momentos decisivos, Portugal sempre se agigantou e os seus dirigentes transcenderam-se. Este é mais um desses momentos – e, com grande probabilidade, o maior e o mais imorredouro de todos eles.
Passos Coelho explicou que a sua sugestão partiu da ideia de que do valor de 50 mil milhões de euros do fundo de privatizações, metade, ou seja "25 mil milhões pudessem ser utilizados para poder privatizar os bancos que estão agora a ser recapitalizados. A formulação adotada foi reembolsar os empréstimos (...) e que acima desse valor se pudesse então fazer uma utilização quer para abater à divida publica, quer para se poder financiar o crescimento em partes iguais".
Sem esta sugestão, adotada com entusiasmo pelos seus exaustos e exangues pares, a Grécia estaria neste momento a fazer as malas para sair do euro, os mercados de capitais em todo o mundo estariam a registar perdas monumentais, o euro estaria em quebra acentuada, os bancos centrais de todo o planeta estariam a comprar divisas para defender as suas moedas e os dirigentes internacionais estariam a convocar cimeiras de emergência para enfrentar o Armagedão.
Qual Hollande ou Matteo Renzi! Qual Angela Merkel e Wolfgang Schäuble! Qual Jean-Claude Juncher ou Jeoren Dijsselbloem! O verdadeiro herói desta maratona negocial que manteve a integridade da Europa chama-se Pedro Passos Coelho! Não fosse ele e o Mundo estaria hoje a mergulhar num pesadelo em vez de estar a avançar para um sonho.

Depois de ter salvo Portugal, Pedro Passos Coelho salva agora a Europa do cataclismo! Um homem assim está seguramente fadado para outros e muito maiores voos. O país espera que o mundo repare nisso e que essa injustiça seja reparada rapidamente. Entretanto, por cá, se bem que os primeiros-ministros não tenham direitos a cognome, bem se pode abrir uma exceção neste caso mais do que merecida: Pedro, o Salvador!

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