As melhores decisões sobre a
PSA/Citroen em Mangualde
Esta semana, na
comissão de Economia da Assembleia da República, em nome do grupo parlamentar, fiz a defesa do projeto de resolução, apresentado pelos
deputados do PS Viseu, que “Recomenda ao
governo o acompanhamento dos projetos de modernização da PSA – Peugeot Citroen
em Mangualde”.
Ciclicamente, todos os sete anos (e já lá vão 52), a empresa enfrenta o
desafio de conseguir um novo ou novos modelos para a sua linha de produção.
Isso implica inovação e modernização, qualificação de recursos humanos, fundos
próprios e europeus, mas também políticas nacionais e locais que permitam
diminuir custos de contexto, nomeadamente os do espaço disponível, da
eletricidade e transporte.
A
não ser assim o desfecho poderia ser aquele que levou ao encerramento de outras
empresas do ramo e das quais destaco: “(…) a Renault de Setúbal, a Opel da Azambuja (1100
colaboradores), a Johnson Control de Nelas (900), a Yazaky de Ovar (mais de
500) e Delphi da Guarda e Castelo Branco (mais de 1000)”.
Para compreender melhor estas preocupações recordo
aqui os alertas de Carlos Tavares, o português que é o atual “Chairman of the Managing Board” PSA/Citroen,
quando recentemente veio a Portugal:
“Alertava
o Governo para os custos elevados da eletricidade (40% acima dos valores
praticados em França para outras empresas do grupo) como fator crítico para o
sucesso e para a continuidade da empresa de Mangualde.
Alertava para “uma problemática com o tipo de ligação ferroviária necessária ao
transporte dos nossos carros que seguem para exportação e que correspondem a
mais de 93% da produção", (…) explicando que era urgente a eletrificação
das linhas de comboio que fazem a ligação ao porto de Vigo.
Na altura, “vários analistas viram nestas declarações do homem forte da PSA um pretexto para encerrar de vez a
produção em Portugal, após a supressão do terceiro turno em meados de
2014”.
Ora, como noticia um conhecido semanário, a PSA
de Mangualde "acaba de apresentar uma candidatura na AICEP" para um novo
investimento” conforme divulgou o ministro da Economia” que, em fevereiro
de 2014, acompanhei numa visitou à empresa.
“Pretende investir €48 milhões na área da inovação e também para acolher a
produção de um novo modelo automóvel”.
É este o contexto global – e não apenas a
candidatura - que justifica a iniciativa do PS na Assembleia da República e que
foi acompanhada pelos diferentes grupos parlamentares, convergência que saúdo e que respalda a necessária intervenção do Governo.
Esperamos, pois, do ministro
da Economia, no que lhe diz respeito, o bom acolhimento e as melhores decisões
sobre a PSA/Citroen em Mangualde.
DV 2015.05.20
Sem comentários:
Enviar um comentário