O discurso de Passos Coelho e os dados do INE não rimam. Vejamos porquê:
Segundo os dados do INE, no 1º Tr. /2015, a taxa de desemprego voltou a
aumentar pelo 2º trimestre consecutivo, após 6 trimestres de
descida, situando-se em 13,7%.
Esta taxa corresponde a 712.900
desempregados, mais 14.600 que no trimestre anterior.
Comparando com o início de funções do governo psd/cds-pp, a taxa de desemprego real passa de 15% para 21%: mais 300 mil desempregados, um aumento de 36%.1
A taxa de desemprego real ronda 21%: entre desempregados (712,9 mil), inativos disponíveis - ‘desencorajados’ (256,8 mil) e ‘ocupados’ em programas de emprego e formação profissional (160 mil), há mais de 1,1 milhão de pessoas desempregadas.
O desemprego de longa duração inverte
a tendência de descida dos últimos 7 trimestres (desde 2t 2013) e sobe
para 8,9%: são 460 mil, o nº de desempregados de longa
duração, o que representa 2/3 do total do desemprego.
Mais preocupante ainda é
verificar que 44% dos desempregados encontram-se em situação de muito
longa duração. Isto é, há 312,5 MIL pessoas desempregadas
há mais de dois anos, representando mais 92,1 mil (+42%) face
ao início de funções do governo atual.
A taxa de desemprego nos jovens subiu, também
pelo 2º trimestre consecutivo, para 34,4%, que corresponde a 127 mil
jovens desempregados.
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