sábado, 18 de abril de 2015

Ferro Rodrigues chama de "Faz de Conta" às promessas de Passos Coelho

"O líder parlamentar socialista afirmou hoje que o Programa de Estabilidade do Governo constitui um atestado de "insanidade política e social", mas o primeiro-ministro disse recusar fazer gestão política, contrapondo que insanidade foi a bancarrota de 2011.
Estas críticas foram trocadas entre Ferro Rodrigues e Pedro Passos Coelho no início do debate quinzenal, na Assembleia da República, a propósito do Programa de Estabilidade e do Plano Nacional de Reformas aprovados na quinta-feira em Conselho de Ministros.
Ferro Rodrigues começou por protestar com o facto de esses documentos aprovados em Conselho de Ministros ainda não estarem disponíveis na Assembleia da República e referiu que o PS apresentará na próxima semana um projeto de resolução sobre o Programa de Estabilidade, advertindo desde já que se está perante um caso de "mais propaganda do que debate" e de "mais propaganda do que informação".
Na sua intervenção, o presidente do Grupo Parlamentar do PS atacou sobretudo o calendário para a reposição dos salários dos trabalhadores da administração pública e da sobretaxa em IRS e a intenção do Governo de reduzir o valor global das despesas com pensões em cerca de 600 milhões de euros, medida que caraterizou como "uma ameaça de novas agressões aos pensionistas".
"Isto trata-se do verdeiro programa que este Governo pretende apresentar para os próximos quatro anos. O Governo retoma uma medida que já foi chumbada pelo Tribunal Constitucional, mas não estamos aqui perante uma brincadeira. Verificamos que há uma insanidade política e social em todo este programa", acusou.
Ferro Rodrigues considerou ainda que o executivo PSD/CDS "perdeu o norte" e que aprovou um Programa de Estabilidade "faz de conta".
"O senhor primeiro-ministro não aprecia contos para crianças, mas este exercício é um pouco faz de conta. 
Faz de conta que o PSD e o CDS ganham as eleições, que Passos Coelho é o primeiro-ministro até 2019, faz de conta que a oposição é depois complacente e faz de conta que é Cavaco Silva quem vai continuar Presidente da República para além de 2017", disse, recebendo palmas da bancada socialista, acusando neste contexto o Governo de "tentar cortar tudo em 2016 para dar de novo em 2019"". (...) Lusa

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