sexta-feira, 24 de abril de 2015

(DV Opinião) IP3, “tolerância zero” para o Executivo

O presidente da câmara de Viseu, Almeida Henriques, reuniu-se em Coimbra, esta semana, com o seu homólogo e presidente da ANMP, Manuel Machado. Em cima da mesa esteve a intervenção urgente no IP3, um compromisso adiado por este governo ao longo de 4 anos.
Chegou a esta reunião com um ano e dois meses de atraso, porque em fevereiro de 2014, em Coimbra, os deputados e autarcas socialistas, bem como os dirigentes das estruturas políticas dos dois distritos, encontraram-se para reclamar do Governo uma intervenção urgente no IP3.
Recordo aqui, por Coimbra, as palavras de Manuel Machado:A intervenção no IP3 "é uma necessidade imperiosa e urgente", disse Manuel Machado, salientando que a ausência de um novo traçado "prejudica a economia da região" e relembrou que esta via de comunicação é "mais utilizada" do que a A25, que liga Viseu a Aveiro.” … “E é uma ligação estratégica ao porto da Figueira da Foz.”
E, por Viseu, recordo também as minhas: "As pessoas que estão aqui não podem ser enganadas. Nem os autarcas nem os deputados", sublinhou José Junqueiro, deputado eleito por Viseu, exigindo que o Governo retire o projeto "do papel e materialize a intervenção no IP3"... "onde já morreram mais de 120 pessoas e destroçou as vidas de centenas de famílias"
Almeida Henriques sempre protegeu o seu ex-colega de Governo, Sérgio Monteiro, sempre desculpou a sua estratégia de “empata”. E nem vale a pena lembrar os momentos em que assegurava à obra um financiamento a 85% (fundos comunitários) ou um outro em que o PSD na assembleia municipal fazia aprovar uma moção a exigir do Executivo uma ligação em duas vias, com perfil de autoestrada e sem portagem.
Tinha mais uma vez razão, infelizmente, ao considerar nessa altura “que o estudo, mais um, o IEVA (infraestruturas de elevado valor acrescentado)  concluiu o já concluído há muitos anos e, portanto, nada de novo. Se todos concordam que é necessário fazer esta ligação, então só falta mesmo fazer”
E foi salientado ainda que “os deputados não são acionistas de um expetativa publicitária, nem de nenhuma estratégia eleitoral do Governo, reiterando que todos o que ali estavam exerceriam a “tolerância zero” para com o Executivo.”
Portanto, ainda que tarde e sob pressão, o autarca de Viseu é bem-vindo ao clube dos que nesta matéria praticaram sempre a “tolerância zero” para com o Executivo.”
DV 2015.04.22

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