Deputados do PS
perguntaram hoje ao ministro da Saúde se tem conhecimento da “decisão
unilateral, não negociada e muito menos consensualizada” com a Câmara de
Carregal do Sal de reduzir o horário de funcionamento do centro de saúde.
Na
pergunta, os deputados eleitos por Viseu José Junqueiro, Acácio Pinto e Elza
Pais referem que a Câmara de Carregal do Sal foi confrontada "com a
decisão unilateral do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões de
diminuição de horário de funcionamento do centro de saúde”.
“A
partir de 15 de fevereiro, penalizando a prestação de serviços aos utentes em
duas horas por dia útil e quatro horas por dia aos fins de semana e feriados,
aquela decisão será concretizada”, lamentam.
Ou
seja, o centro de saúde (Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados) passará a
estar aberto entre as 08:00 e as 18:00 nos dias úteis e entre as 09:00 e as
17:00 aos sábados, domingos e feriados.
A
Câmara de Carregal do Sal teve conhecimento da decisão a 30 de janeiro e
questionou o ACES Dão Lafões, tendo, na resposta, sido confirmada a redução do
horário e deixada a promessa de, “na medida do possível e até ao final do
corrente ano, tentar retomar o horário de funcionamento”.
O
diretor executivo do ACES Dão Lafões, Luís Soveral Botelho, explicou que a UCSP
de Carregal do Sal dispõe de cinco médicos, um dos quais em permanência na
extensão de Cabanas de Viriato.
“A
manutenção deste horário de funcionamento traduz-se em desgaste para todos os
profissionais da UCSP de Carregal do Sal, designadamente para os médicos que aí
prestam serviço, sendo que, desde o mês de agosto de 2014, vêm manifestando
claros sinais de fadiga”, contou.
Segundo
Luís Soveral Botelho, “a manutenção do horário de funcionamento implicaria o
reforço da equipa com a entrada de mais um médico, o que não se tem afigurado
possível até ao momento”.
Os
deputados do PS alegam que “para um governo que publicita tanto a contratação
de médicos e demais profissionais de saúde não se percebe que entre a teoria e
a realidade não exista correspondência”.
“E
menos se entende que pela falta de um único médico todo o atendimento devido
aos utentes seja desqualificado e posto em causa”, acrescentam.
Por
isso, os deputados querem saber se o ministro conhece esta decisão e se a
apoia.
“Se
não apoiar, compromete-se a manter - no imediato - o atual horário de
atendimento e a decidir autorizar a colocação de mais um médico, entre os dois
mil que diz estar a contratar, neste centro de saúde?”, questionam.
A
Câmara de Carregal do Sal prometeu “continuar a envidar todos os esforços para
que os seus munícipes continuem a poder utilizar os serviços de saúde nos
horários em vigor”.
AMF // SSS
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