sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Deputados PS Viseu em defesa da Saúde no Carregal do Sal

Deputados do PS perguntaram hoje ao ministro da Saúde se tem conhecimento da “decisão unilateral, não negociada e muito menos consensualizada” com a Câmara de Carregal do Sal de reduzir o horário de funcionamento do centro de saúde.
Na pergunta, os deputados eleitos por Viseu José Junqueiro, Acácio Pinto e Elza Pais referem que a Câmara de Carregal do Sal foi confrontada "com a decisão unilateral do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões de diminuição de horário de funcionamento do centro de saúde”.
“A partir de 15 de fevereiro, penalizando a prestação de serviços aos utentes em duas horas por dia útil e quatro horas por dia aos fins de semana e feriados, aquela decisão será concretizada”, lamentam.
Ou seja, o centro de saúde (Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados) passará a estar aberto entre as 08:00 e as 18:00 nos dias úteis e entre as 09:00 e as 17:00 aos sábados, domingos e feriados.
A Câmara de Carregal do Sal teve conhecimento da decisão a 30 de janeiro e questionou o ACES Dão Lafões, tendo, na resposta, sido confirmada a redução do horário e deixada a promessa de, “na medida do possível e até ao final do corrente ano, tentar retomar o horário de funcionamento”.
O diretor executivo do ACES Dão Lafões, Luís Soveral Botelho, explicou que a UCSP de Carregal do Sal dispõe de cinco médicos, um dos quais em permanência na extensão de Cabanas de Viriato.
“A manutenção deste horário de funcionamento traduz-se em desgaste para todos os profissionais da UCSP de Carregal do Sal, designadamente para os médicos que aí prestam serviço, sendo que, desde o mês de agosto de 2014, vêm manifestando claros sinais de fadiga”, contou.
Segundo Luís Soveral Botelho, “a manutenção do horário de funcionamento implicaria o reforço da equipa com a entrada de mais um médico, o que não se tem afigurado possível até ao momento”.
Os deputados do PS alegam que “para um governo que publicita tanto a contratação de médicos e demais profissionais de saúde não se percebe que entre a teoria e a realidade não exista correspondência”.
“E menos se entende que pela falta de um único médico todo o atendimento devido aos utentes seja desqualificado e posto em causa”, acrescentam.
Por isso, os deputados querem saber se o ministro conhece esta decisão e se a apoia.
“Se não apoiar, compromete-se a manter - no imediato - o atual horário de atendimento e a decidir autorizar a colocação de mais um médico, entre os dois mil que diz estar a contratar, neste centro de saúde?”, questionam.
A Câmara de Carregal do Sal prometeu “continuar a envidar todos os esforços para que os seus munícipes continuem a poder utilizar os serviços de saúde nos horários em vigor”.


AMF // SSS


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