O PS venceria as eleições (36,9%) com mais votos do que a direita (35,6%). O PS tem uma quebra ligeira, tal como a direita e o BE. PCP varia +0,1%. O partido de Marinho e Pinto (5,2%) e o Livre (3%), continuam a subir. Os dois têm 8,2%. António Costa sobe regista a melhor imagem, mas os líderes da coligação melhoram. Comparada com a Eurosondagem, confirma-se a tendência ganhadora do PS.
"É a primeira sondagem
publicada que integra já os efeitos da prisão de José Sócrates. E segundo a
Aximage, o impacto no PS é para já diminuto. Quanto à imagem de António Costa,
os dados parecem ser contraditórios.
Foi um dos primeiros prognósticos, e dos
mais partilhados, logo que se soube do detenção de José Sócrates: era um
terramoto para o Partido Socialista, recém conquistado por António Costa,
eleito secretário-geral quase em simultâneo.
O primeiro estudo de opinião publicado
depois da detenção do primeiro-ministro projecta agora alguma luz sobre o seu
impacto eleitoral: segundo o barómetro mensal da Aximage, cujo trabalho de
campo foi efectuado entre 1 e 4 de Dezembro, a intenção de voto no PS cai
ligeiramente de 38,5% para 37,4%. Porém, esta descida de 1,1 pontos percentuais
é inferior à registada no mês anterior, de 1,7 pontos. Por outro lado, o PSD e
o CDS não parecem beneficiar do caso pois as intenções de voto mantêm-se
praticamente inalteradas.
Quanto ao efeito deste caso judicial na
imagem de António Costa, os dados da Aximage são menos claros. Se, por um lado,
a confiança do eleitorado em António Costa enquanto eventual primeiro-ministro
cai de forma expressiva, por outro lado, a avaliação que lhe é feita enquanto
líder partidário não só não cai, como até sobe ligeiramente (0,2 pontos).
Já a imagem de Pedro Passos Coelho e
Paulo Portas melhora neste período, reforçando a tendência que vinha do mês
anterior. Num intervalo de zero a 20, o eleitorado dá um 7 a Passos Coelho, o
que compara com 5,8 no mês anterior. Paulo Portas, vice-primeiro-ministro e
líder do CDS, passa de 6,3 para 7,2 valores. Ainda assim, continuam a ser os
dois líderes partidários mais impopulares no barómetro da Aximage, com quase metade
da nota que é dada ao líder do PS.
Marinho Pinto e Livre ganham força
Quem ganhou terreno no último mês foi o
partido de Marinho Pinto (PDR) e o Livre, partidos novos que poderão ter
beneficiado do descontentamento com o sistema político e partidos tradicionais.
As intenções de voto no PDR duplicaram para 4,1%, ao passo que o Livre viu os
"seus votos" subirem de 2,1% para 2,9%.
A subida destes dois partidos coincide
com a descida acentuada do peso da abstenção. A percentagem de portugueses que
tencionam abster-se nas legislativas caiu quatro pontos para 32,4%, o que
indicia que estes partidos terão atraído sobretudo eleitorado descontente, que
já não escolhia nenhum dos restantes partidos."
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