quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Eurostat: "pobreza e exclusão social" em Portugal - subida exponencial

Pelo Eurostat, contrariamente ao discurso do Governoesta semana ficámos a saber que Portugal conheceu o maior aumento da Taxa de Risco de Pobreza ou exclusão social e da Taxa de Privação Material Severa, em 2013, dentro de todos os países da União Europeia.
A Taxa de Risco de Pobreza ou exclusão social disparou para 27,4%, em 2013. São 2.877.000 as pessoas em risco de pobreza ou exclusão em Portugal: mais 210 mil em apenas um ano e mais 276 mil em dois anos (crescimentos de 8 e 11%, respetivamente).
Portugal volta aos valores de 2004, quando era liderado igualmente por um governo de coligação PSD/CDS-PP.
Portugal também conhece o maior aumento na Taxa de Risco de Pobreza ou Exclusão Social nas crianças que atinge 31,6%. São cerca de 600 mil as crianças que se encontram nesta situação em Portugal: mais 70 mil face ao ano anterior (um aumento de 13%).
Também a Taxa de Privação Material Severa disparou para 10,9%, o maior aumento da UE. Isto significa que cerca de 11% da população não consegue fazer face em simultâneo a despesas tão básicas como ter uma refeição de carne ou de peixe pelo menos de 2 em 2 dias; ter a casa adequadamente aquecida;  pagar a renda ou a prestações de crédito da casa e ter máquina de lavar a roupa”.
A Privação Material Severa atinge 1.148.000 pessoas em Portugal: mais 238 mil em apenas um ano e mais 267 mil em dois anos (crescimentos de 26 e 30%, respetivamente).
Dispara igualmente a Taxa de Intensidade Laboral Muito Reduzida para 12,2%. Isto é, 12,2% dos agregados familiares são constituídos por adultos (excluindo estudantes) que trabalham, em média, menos de 20% do tempo de trabalho possível.
A intensidade laboral muito reduzida atinge 950 mil pessoas: mais 159 mil em apenas um ano e mais 284 mil em dois anos (crescimentos de 20 e 43%, respetivamente). O 2º maior crescimento da UE (a seguir à Grécia).

Sem comentários:

Enviar um comentário