Pelo Eurostat, contrariamente ao discurso do Governo, esta semana ficámos a saber que Portugal conheceu o maior aumento da Taxa de Risco de Pobreza ou exclusão
social e da Taxa de Privação Material Severa,
em 2013, dentro de todos os países da União Europeia.
A Taxa de Risco de Pobreza ou
exclusão social disparou para 27,4%, em
2013. São 2.877.000 as pessoas em
risco de pobreza ou exclusão em Portugal:
mais 210 mil em apenas um ano e mais
276 mil em dois anos (crescimentos
de 8 e 11%, respetivamente).
Portugal volta aos valores de 2004,
quando era liderado igualmente por um governo de coligação PSD/CDS-PP.
Portugal também conhece o
maior aumento na Taxa de Risco de
Pobreza ou Exclusão Social nas crianças que atinge
31,6%. São cerca de 600 mil as crianças
que se encontram nesta situação em Portugal: mais 70 mil face ao ano anterior
(um aumento de 13%).
Também
a Taxa de Privação Material Severa disparou
para 10,9%, o maior aumento da UE.
Isto significa que cerca de 11% da população não consegue fazer face em
simultâneo a despesas tão básicas como ter uma refeição de carne ou de peixe
pelo menos de 2 em 2 dias; ter a casa adequadamente aquecida; pagar a
renda ou a prestações de crédito da casa e ter máquina de lavar a roupa”.
A Privação Material Severa atinge
1.148.000 pessoas em Portugal: mais
238 mil em apenas um ano e mais 267 mil em dois anos (crescimentos de 26 e 30%,
respetivamente).
Dispara
igualmente a Taxa de Intensidade Laboral
Muito Reduzida para 12,2%. Isto é, 12,2% dos agregados familiares são
constituídos por adultos (excluindo estudantes) que trabalham, em média, menos
de 20% do tempo de trabalho possível.
A intensidade laboral muito reduzida
atinge 950 mil pessoas: mais 159 mil em apenas um ano e mais
284 mil em dois anos (crescimentos de 20 e 43%, respetivamente). O 2º maior
crescimento da UE (a seguir à Grécia).
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