O gesto de Miguel Macedo lembra-me uma expressão forte que conheci bem no passado, há mais de 12 anos, "a culpa não pode morrer solteira".
Embora, como afirmou, nada tenha a ver com o caso dos "Vistos Gold", percebeu que a dimensão do problema era telúrica e que os envolvidos fragilizavam o ministério e o ministro.
Teve a coragem e discernimento político que só tocam os que têm dimensão de Estado. E isso é coisa rara nos nossos dias. O Governo perdeu um dos dois ministros que ainda tinham credibilidade pública.
Compreendo, pois, que Miguel Macedo tenha dito: "O ministro da Administração Interna tem de ter sempre uma forte autoridade para o exercício pleno das suas responsabilidades. Essa autoridade ficou diminuída, pelo que tomei a decisão de apresentar ao primeiro-ministro a minha demissão, que foi hoje aceite".
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