sexta-feira, 14 de novembro de 2014

AM Viseu - Lúcia Silva - Questiona câmara sobre a estratégia rodoferroviária

"O Partido Socialista tem assumido nesta assembleia municipal, uma oposição construtiva em nome da defesa dos interesses dos viseenses e da região.
Hoje, mais uma vez, o Partido Socialista manifesta a sua preocupação relativa à estratégia rodoferroviária.
Há um ano atrás, em assembleia municipal, o PS apresentava uma moção relativa ao IP3, na qual reiterava a construção de uma autoestrada, portajada, tal como já o fora no concurso realizado pelo governo anterior, para assegurar uma fonte de financiamento
Ao apresentarmos a citada moção, o PS estava convencido de que:
1.   Não existia fonte de financiamento alternativa à privada;
2.   De que o Estado não tinha, e hoje continua a não ter, recursos próprios para se substituir às responsabilidades de terceiros. 
Relembrando ainda a referida assembleia municipal, o PSD apresentava também uma moção sobre o mesmo tema, mas com algumas diferenças. 
Assim, para o PSD, o IP3 deveria ter perfil de autoestrada sem portagens. Contudo, rapidamente se percebeu, através de declarações do Secretário de Estado Sérgio Monteiro (PSD) nas quais afirmava que, e passo a citar, “a competitividade da economia não justifica a intervenção”. E deixou clara a ideia de que não existiriam fundos comunitários para a obra, apesar do PSD e do próprio presidente da câmara terem inicialmente anunciado uma comparticipação A 85%.

Relativamente à linha ferroviária a preocupação do PS não só se mantém como é ainda reforçada devido à indefinição do governo PSD/CDS perante tal facto, bem como pela ausência de respostas por parte do executivo da Câmara Municipal face às questões suscitadas há um ano atrás. A recuperação do comboio em Viseu é uma prioridade e uma preocupação de todos os viseenses.
Relembre-se que, quem extingui o único comboio existente em Viseu foi o atual Presidente da República, Cavaco Silva, então primeiro-ministro, num dos governos de maioria absoluta, bem como o executivo da Câmara Municipal, PSD, que tudo consentiu.
Perante as notícias, acrescente-se, pouco esclarecedoras, e até confusas, relativas ao corredor ferroviário, cabe-nos relembrar o seguinte:
Em finais de outubro último foi divulgada uma decisão de Bruxelas que atribuía 40,5 M € para a ligação ferroviária ao porto de Aveiro à linha do Norte. Acrescente-se que esta ligação já tinha sido decidida, concursada e inaugurada pelo governo anterior. Nada de novo, a não ser que as verbas divulgadas em outubro servirão para eletrificação, sistemas de sinalização e telecomunicações, investimentos aos quais reconhecemos interesse, mas o que verdadeiramente nos interessa é o conceito e futuro do aí citado “ramal de Viseu”.
Mas perante tal afirmação somos levados a questionar como se pode falar em “ramal de Viseu” sem se saber bem o que isso é, e sem falar no corredor Aveiro – Viseu – Salamanca, bem como na requalificação da linha da Beira Alta?
Uma outra questão suscitada prende-se com a anunciada plataforma já anunciada nesta assembleia à qual se designou “Plataforma da A25”, constituída pelos autarcas da Guarda- Viseu e Aveiro, como sendo uma plataforma consensualizada na procura de respostas para as regiões centro – norte, e que seria um “corredor ferroviário de raiz”, tal como o PS sempre defendeu, num conceito misto de passageiros e mercadorias. 
O governo falou em verbas no valor de 1500M€, mas não se encontram inscritas, de forma objetiva, em qualquer quadro legal conhecido, nem é conhecida nenhuma opção até ao momento.
Neste contexto, e sabendo que todo o Executivo da câmara, sem exceção, e esta Assembleia, estão unidos num objetivo comum, solidariamente, o grupo parlamentar do PS, reitera as questões, colocadas ao Ministro da Economia, pelos seus deputados,  e pergunta ao sr Presidente da Câmara, se possui informações privilegiadas que possam dar resposta a estas questões:
1.   Qual a estratégia, no que se refere à linha ferrovia, para a região centro do país?
2.   O que entende por “ramal de Viseu”?
3.   Vai ser ou não construído o corredor Aveiro – Viseu – Salamanca?
4.   Vai ou não a linha da Beira Alta ser intervencionada/requalificada?
5.   Vai ou não existir uma linha ferroviária e, a existir, a que corredor ficará ligada?
6.   Em que rubrica e em que documento se encontra consignada a verba necessária?
7.   Em Viseu, vamos ou não ter comboio?
8.   Relativamente ao corredor rodoviário Viseu – Coimbra (Viseu – Sul) vital para o desenvolvimento e competitividade da região, haverá ou não solução?
Perante tal impasse o Partido Socialista insiste na urgência de o atual governo passar das palavras aos atos e terminar com expedientes dilatórios a que tem recorrido até agora."

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