quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Viseu - Declarações de voto contra do PS e síntese da reunião da CM

A freguesia de Povolide recebeu a reunião pública descentralizada do executivo municipal e, no final, o presidente da junta, depois da assinatura de vários protocolos de cooperação, José Manuel de Almeida Fernandes, ofereceu um almoço de boas-vindas. 

Informações do PS
Os vereadores do PS, José Junqueiro, João Paulo Rebelo e Rosa  Monteiro deram conhecimento das diligências feitas junto da Delegação da Ordem dos Advogados e do Tribunal da Comarca de Viseu com a finalidade de avaliar os constrangimentos e existentes e as soluções respetivas. Nesse contexto, informaram que através dos deputados eleitos pelo PS dirigiram perguntas à ministra da Justiça para que nos próximos 30 dias, nos termos da lei, possa ser conhecido o seguinte:

1  Vai ou não o Governo realizar, no Tribunal da Comarca de Viseu, as obras necessárias ao bom e eficiente funcionamento dos serviços, assegurando aos cidadãos a qualidade no acesso à justiça?
2.     Em caso afirmativo, qual o calendário previsto e o montante da verba inscrita no OE2015?
3.      Tenciona o Governo reconhecer como fundamental a criação de uma 2ª Secção do Tribunal de Instrução Criminal em Lamego?
4.   Em caso afirmativo, qual o calendário previsto para a sua materialização e funcionamento?

Deram nota, também, que compreendiam as preocupações do Presidente com o próximo orçamento municipal para 2015, na medida em que seria feio sem que da parte do Governo fossem conhecidas todas as regras do jogo, nomeadamente no que toca a fundos comunitários. Não estranhariam, por isso, que houvesse necessidade do município apresentar um orçamento retificativo.

Finalmente, sublinharam a sua discordância sobre a aplicação dos critérios do FAM, na medida em que a boa gestão de uns não deve ser penalizada pela má gestão de outros. Mesmo sabendo que há juros a pagar às autarquias contribuintes, a atual criação do FAM não é uma solução, mas um problema no curto prazo pelos tradicionais incumprimentos por parte dos devedores.

 Declarações de voto

Em conformidade com as nossas declarações e sentido de voto, relativamente ao ponto 05 da OT, da reunião de câmara de 23/10/2014, sobre os pontos inseridos nos parágrafos 10 e 11 os vereadores do PS apresentam a seguinte declaração de voto.

"Os vereadores do PS votaram contra os dois procedimentos concursais, porque sistematicamente se prorrogam no tempo. A prorrogação deve ser exceção e não regra. O recurso a empresas de trabalho temporário deve ser exceção e não regra. Os membros de um júri são autónomos, mas devem ter prazos a cumprir, que devem estar bem definidos e regulamentados. E não se compreende a abertura de concursos se não existirem vagas autorizadas para provimento legal, alegação a que frequentemente se recorre"

No mesmo sentido, relativamente ao ponto 11, parágrafo 11, a nossa declaração de voto é a seguinte:

Os vereadores do PS votam contra a ratificação do programa de Recuperação de Alçados 2014/15, pela recusa liminar do presidente da autarquia em considerar critérios que distingam no estímulo monetário (pago com o dinheiro dos elevados impostos tributados aos munícipes)  aqueles que têm património e rendimentos elevados dos outros mais necessitados, que estão em condição financeira mais fragilizada. E ainda por discordar do facto do presidente da câmara entender que esta matéria não tem enquadramento social e, portanto, não tem de obedecer a critérios de equidade social.”

A discordância sobre a ausência de equidade nos critérios para o programa 2014/15 não impediu a votação favorável de propostas de obras concretas em agenda, porque a recuperação de alçados é para os vereadores do PS relevante, sendo certo que se deve pagar mais a quem tem menos e menos a quem tem mais.
Este é o critério, por exemplo, que a câmara usa para distribuir gratuitamente livros escolares. Só o faz a quem não pode comprar ou comparticipar.



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