José Junqueiro (foto de Paulo Neto) |
Iniciou-se
esta semana na AR a quarta e última sessão da
atual legislatura. O governo inicia o último
dos seus quatro anos de mandato e apresentará, igualmente, o último
OE ordinário.
O
contexto político que vivemos faz adivinhar um
tempo emocionante a começar, desde já, a 28
de setembro, com o desfecho das primárias no PS e com a apresentação
do OE 2015, em meados de outubro.
Ao mesmo
tempo, acentua-se o abrandamento económico na Europa e em Portugal aquele que
o governo previra foi revisto em baixa. E mesmo que assim não
fosse, será sempre medíocre para o crescimento que é
fundamental à estabilidade do "Pacto"
acordado entre os parceiros europeus.
A insistência
e o conformismo do governo com políticas austeritárias,
isoladas de qualquer outra estratégia de dinamização da
economia, não deixa perceber que a vida das pessoas conheça uma ponderação no "stress fiscal", pesem embora as "nuances" próprias do período
eleitoral que já se vive, como muito bem ilustra a visita de cortesia que o primeiro-ministro fez a
Viseu na passada semana.
Neste
momento, o país agita-se por causa da pseudo
"reforma da justiça" que, para além
da extinção errática de tribunais, tanto penalizou o
nosso distrito e trouxe consigo o caos informático pela incapacidade do
"Citius".
Tudo se
tornou mais difícil para as pessoas, bem como para
todos os profissionais que preenchem o sistema de justiça. Nem
mesmo o tribunal em Viseu, apesar de novas valências,
e por causa delas, escapou a esta confusão pela simples razão
de não ter sido acautelado o elementar: mais recursos humanos e
espaço físico adequado às
novas exigências.
Entre nós
o encerramento de serviços, equipamentos educativos ou de saúde,
tem originado uma instabilidade permanente e um constrangimento que afeta todos
os concelhos, sobretudo os que estão ainda mais no interior.
As
contrapartidas em investimentos não existem e aqueles de que se fala,
estradas e caminho de ferro, têm sido negados pelo governo que, à
falta de obra, se afunda em palavras dilatórias. Durante a receção
ao primeiro-ministro, na câmara municipal, pudemos confirmar
estas preocupações que se somam, aliás,
às já provocadas pelo secretário
de estado dos Transportes. Nem estrada, nem comboio.
Sente-se,
pois, a necessidade de mudança. Espero que no próximo
dia 28 de setembro o PS decida, em definitivo, a sua vida interna de modo
a canalizar todas as suas energias para
a solução dos problemas no país e apresentar uma alternativa que no essencial está
vertida na produção que tem vindo a ser feita no Laboratório de Ideias (LIPP) ao longo dos últimos
três anos. Portanto, tudo indica que chegaremos ao Natal com
temperaturas muito elevadas!
DV 2014.09.17
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