terça-feira, 12 de agosto de 2014

Governo e centrais de comunicação: Preparação psicológica para mais cortes

Como funciona uma encomenda de comunicação? Assim: o Governo volta a alimentar uma tensão com o Tribunal Constitucional para conseguir mais cortes  e cortes definitivos nas reformas. Dá mesmo a ideia de que, se não for como quer, se vai embora. 

Nas notícias programadas para os diários de hoje aparece a ideia de que "as medidas de austeridade foram insuficientes para conter as despesas do Estado com pensões." Portanto, como quem diz, compreendam por que o Governo vai fazer novos cortes

E há dois dias que procura dividirfalaciosamente, os pensionistas, os que, supostamente, recebem mais contra os que recebem menos, para que todos recebam menos. Uma espécie de pensionistas bons e pensionistas maus.

O Governo transmite a ideia de modo simples: "O esforço de aproximação das pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) às da Segurança Social (SS) já se sente no bolso dos novos reformados do Estado, que recebem hoje um pouco menos." 

Ora, o que se passa, é que o Governo falhou todas as metas para o crescimento económico. O caminho da austeridade, que não o da racionalidade, revelou-se um completo fracasso. E não haverá corte que resista, a não ser o corte total

A incompetência é insuportável. E o ataque às reformas dos que as obtiveram com descontos contratualizados com o Estado durante uma vida, décadas de trabalho, demonstram má-fé e provocação social máxima
Uma coisa é reformar e criar novas regras para o futuro. Outra, bem diferente, é aplicar retroativamente cortes, sufocando pessoas que tinham as suas vidas programadas e acauteladas pelo seu trabalho. O Governo rasgou o "contrato social". Pagará caro por isso, mais cedo do que tarde!

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