O
presidente da câmara de Viseu feriu gratuitamente o ato público
de inauguração da Quinta da Cruz. Não nos referimos ao discurso longo e
entediante que fez na presença de todos e, nomeadamente, de Braga da Cruz,
responsável de Serralves e ex-ministro do PS. Uma intervenção sobre o interesse
cultural do equipamento, mas sem nenhum conteúdo cultural substantivo.
Almeida
Henriques não mencionou os responsáveis do seu partido, da câmara
anterior, que tornaram possível a realidade positiva que a Quinta da Cruz
consubstancia. Pelo contrário, esqueceu-os deliberadamente e colocou sobre si
próprio uma coroa de louros que foi buscar a um ninho de cucos. Toda a gente
percebeu que um processo de oito anos não pode ter uma assinatura feita em dez
meses.
Desmerecer,
esquecer, o trabalho dos outros não é lá grande coisa, mas
sobre isso os próprios terão feito o seu juízo, nomeadamente a anterior
vereadora da cultura que estava presente e que o presidente da câmara tornou
ausente. E assim fez também com Fernando Ruas, também ele subtraído àquele
momento. E foi com ele quem em 2008 a parceria com Serralves foi assumida.
Teve,
no entanto, uma palavra para os três vereadores da
oposição, do PS, que estavam presentes. Um remoque sobre o terem posto em causa
o cumprimento da sua promessa – dele Almeida Henriques – de cumprir com a
abertura da Quinta da Cruz.
Sobre
a matéria deixamos duas notas:
A
primeira é a de que os vereadores do PS nunca tocaram nesse
assunto e, portanto, confundiu-se o presidente. Uma lástima!
A
segunda é a de que, num ato público, este expediente, assente
numa mentira, revelou falta de educação e não ilustrou o engraçadinho.
Deixamos
ao presidente da câmara uma sugestão: a de criar para si
próprio, antes das cerimónias, um programa que se pode chamar “a hora do chá”
Ontem fez-lhe imensa falta.
Os
vereadores do PS
José
Junqueiro, João Paulo Rebelo Rosa Monteiro
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