Foto: Kevin Dooley / Creative Commons |
"Muitos cientistas e investigadores, incluindo os mais cépticos, acreditam
que a presença de vida para além do Planeta Terra é óbvia, e que a prova
definitiva poderá chegar no espaço de uma geração. Um dos argumentos é o facto
de muitas das verdades astronómica de hoje nos serem desconhecidas há apenas…
uma geração.
O sucesso do telescópio Kepler, da NASA, levou-nos a saber que o universo
está cheio de mundos temperados. Só nas duas últimas décadas, milhares de
planetas foram descobertos junto de outras estrelas, e os novos estão a
aparecer a um ritmo de um por dia.
Mais impressionante, explica o IFL Science, é o facto de
existirem planetas a perder de vista. A maioria das estrelas têm planetas, o
que implica a existência de triliões destes pequenos corpos na Via Láctea.
O Kepler sugere ainda que uma em cinco estrelas pode suportar uma espécie
de planeta do tamanho da Terra e com temperaturas médias semelhantes. Estes são
também considerados habitáveis – ou seja, a Via Láctea poderá ser casa de
dezenas de biliões de nossos “primos”.
Com tantos factos a levarem-nos para o mesmo caminho, por que razão ainda
não descobrimos vida extraterrestre?
Em primeiro lugar, todos os nossos esforços para reconhecimento de Marte,
por exemplo, procuram encontrar locais onde possamos encontrar vida – e não
encontrar vida em si. Marte é a hipótese favorita para encontrar vida, mas há
especialistas que prefeririam as luas de Saturno e Jupiter. Aqui, porém, o
financiamento é baixo, pelo que o progresso não é muito grande.
Uma segunda hipótese de procurar provas de vida é perceber qual a atmosfera
de planetas junto de outras estrelas. Isto é feito através de uma técnica da
astronomia denominada espectroscopia – uma abordagem que permitira aos
pesquisadores compreender a composição de uma atmosfera a vários anos-luz de
distância. E embora uma experiência para encontrar oxigénio ou metano noutros
locais seja difícil de descrever, ela é possível – os cientistas poderiam
construir esta estratégia numa dúzia de anos mas, uma vez mais, não há dinheiro
para o fazer.
Uma terceira abordagem seria procurar além dos micróbios por vida
inteligente, espionando através de siansi de rádio e luzes de laser. Mais
antenas e receptores poderiam acelerar essa busca, mas, mais uma vez, o
financiamento é um factor limitante.
Para 2015,a proposta de orçamento para a agência norte-americana NASA é de
€1,8 mil milhões (R$ 5,6 mil milhões) para ciência planetária, astrofísica e
continuação de trabalho no telescópio de James Webb. O orçamento para o SETI
(Procura de Vida Extraterrestre), que assume esta terceira abordagem a
encontrar vida noutro planeta, é ainda menor.
Ou seja: não sabemos exactamente se existe vida no espaço, ainda que todos
os caminhos sigam esta direcção. Mas os investimentos para chegar a esta
certeza são risíveis – e assim torna-se complicado resolver este puzzle. Por
que razão não descobrimos vida extraterrestre? Por questões financeiras, em
último caso, e políticas, em primeira instância."
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