A taróloga Maya sentir-se-á muito pressionada pelo seu colega Marques Mendes? Depende.
Maya vai buscar a sua inspiração à leitura das cartas que, ao serem viradas, dão uma imagem de como um amor, tipo BES, não correspondido, pode ser ultrapassado.
E a coisa resolve-se arranjando outro, por exemplo. Uma leitura credível que me parece em linha com as probabilidades na vida real.
Marques Mendes, pelo seu lado, utiliza o baralho do Governo e ao ler as cartas, como fez no BES, também leu, com muita clareza, o futuro. Arranja-se outro BES, o Bom, e mantém-se o outro, o Mau. E tudo é claro: o Mau poderá servir para o Estado resolver através dos nossos impostos. O Bom, o que assegura as poupanças, servirá para o Estado ficar com ele e resolver, também através dos nossos impostos. Uma leitura credível que me parece em linha com as probabilidades na vida real.
O "share" dos dois programas dependerá muito das expetativas dos "telespetadores". Os de Maya tendem a acreditar na possibilidade de acontecer o melhor. Marques Mendes não tem essa vantagem, porque os "telespetadores" sabem que vai acontecer sempre o pior, vão pagar o "Bom" e pagar o "Mau".
As previsões dos dois só coincidem numa coisa: nada acontecerá aos infratores e os reguladores nunca tiveram culpa nenhuma.
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