sexta-feira, 11 de julho de 2014

(Opinião) Viseu - "Nova Feira de S. Mateus, em 2015"

A principal novidade da Feira de S. Mateus residirá no facto de antecipar o início para 8 de agosto e o encerramento para 14 de setembro em vez de 21, data do feriado municipal.

Parece-me bem recolocá-la temporalmente dentro do período mais intenso de férias das pessoas, portugueses e estrangeiros em geral, e dos emigrantes em particular, libertando-a do início efetivo do ano escolar.

Quanto ao resto, objetivo e conteúdo, tudo ficará essencialmente na mesma. Independentemente da qualidade do calendário de espetáculos e eventos, o conceito mantém-se e não é do meu agrado.
Confesso, contudo, que Roma e Pavia não se fizeram num dia. O desfasamento dos nossos dias a que o Executivo anterior, também do PSD, votou o certame não se consegue alterar num só ano, sobretudo no primeiro. Não seria possível. O atraso é enorme. Esta câmara, a que pertenço, vem dar razão ao PS, tal como já tem acontecido em outros domínios. “As críticas às críticas” do PS são agora mudanças pertinentes. Nunca é tarde. Sobre isso escreverei em tempo mais oportuno.

No entanto, na candidatura do PS à autarquia, as propostas substantivas alteravam muito a Feira de S. Mateus. Não seria apenas uma feira, com os imutáveis stands, restauração e a tão mal acolhida atividade económica.


A ideia, a título de exemplo, entre muitos, era ligá-la aos outros “momentos” da região (CIM) e do concelho: à animação no centro histórico, ao teatro, aos roteiros temáticos, ao património, ao conceito de “cidade de histórias”, à pintura e música de rua, aos eventos nacionais, nomeadamente o grande certame internacional do vinho do Dão; ligá-la também à astronomia e aeronáutica (no aeródromo Gonçalves Lobato), à economia, a um programa de “Startups Tecnológicas”, enfim, a uma plêiade de acontecimentos que ocorreriam em todo o território adjacente e promoveriam a internacionalização polivalente do certame.


O PS, através dos seus vereadores eleitos, será sempre parte da solução, através de sugestões e propostas alternativas. No entanto, não se confunda esta “compreensão”, no primeiro ano de mandato, com qualquer cheque em branco ou com a ideia de que não exigiremos, já em 2015, uma Nova Feira de S. Mateus.


DV 2014-07-09

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