A
principal novidade da Feira de S. Mateus residirá no facto de antecipar o
início para 8 de agosto e o encerramento para 14 de setembro em vez de 21, data
do feriado municipal.
Parece-me
bem recolocá-la temporalmente dentro do período mais intenso de férias das
pessoas, portugueses e estrangeiros em geral, e dos emigrantes em particular, libertando-a
do início efetivo do ano escolar.
Quanto
ao resto, objetivo e conteúdo, tudo ficará essencialmente na mesma.
Independentemente da qualidade do calendário de espetáculos e eventos, o
conceito mantém-se e não é do meu agrado.
Confesso,
contudo, que Roma e Pavia não se fizeram num dia. O desfasamento dos nossos
dias a que o Executivo anterior, também do PSD, votou o certame não se consegue
alterar num só ano, sobretudo no primeiro. Não seria possível. O atraso é
enorme. Esta câmara, a que pertenço, vem dar razão ao PS, tal como já tem acontecido
em outros domínios. “As críticas às críticas” do PS são agora mudanças
pertinentes. Nunca é tarde. Sobre isso escreverei em tempo mais oportuno.
No
entanto, na candidatura do PS à autarquia, as propostas
substantivas alteravam muito a Feira de S. Mateus. Não seria apenas uma feira,
com os imutáveis stands, restauração e a tão mal acolhida atividade económica.
A
ideia, a título de exemplo, entre muitos, era ligá-la aos outros “momentos” da
região (CIM) e do concelho: à animação no centro histórico, ao teatro, aos
roteiros temáticos, ao património, ao conceito de “cidade de histórias”, à
pintura e música de rua, aos eventos nacionais, nomeadamente o grande certame
internacional do vinho do Dão; ligá-la também à astronomia e aeronáutica (no aeródromo
Gonçalves Lobato), à economia, a um programa de “Startups Tecnológicas”, enfim, a uma plêiade de
acontecimentos que ocorreriam em todo o território adjacente e promoveriam a
internacionalização polivalente do certame.
O
PS, através dos seus vereadores eleitos, será sempre parte da solução, através
de sugestões e propostas alternativas. No entanto, não se confunda esta
“compreensão”, no primeiro ano de mandato, com qualquer cheque em branco ou com
a ideia de que não exigiremos, já em 2015, uma Nova Feira de S. Mateus.
DV 2014-07-09
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