quinta-feira, 24 de julho de 2014

1º Trim. Execução orçamental: Défice e despesas agravam-se. Impostos aumentam

 (autor da foto - Paulo Neto)
1º Trim. Execução orçamental O Governo falha em tudo. O défice homólogo agravou-se, a despesa corrente aumentou, a consolidada da administração central também; e a a maior receita fiscal vem do aumento do IRS, vem, portanto, dos nossos salários e pensões. Mais do mesmo. 

Ao mesmo tempo o Abono de família cai 4,9%, o subsídio de desemprego reduz-se 14,8%, o Complemento Solidário para Idosos sofre quebra de 15% e o RSI retrai-se 7,7%. 

A maioria absoluta dos desempregados já não aufere qualquer prestação.

"O défice agravou-se em 150 M€  em relação ao período homólogo de 2013. O défice orçamental do 1º semestre atingiu os 4.192 M€. 

A despesa corrente aumentou 2,9% face a 2013, com aumento de 8,3% no Pessoal e de 10,4% nos Juros. O aumento da despesa com Pessoal reflecte o pagamento do subsídio de férias na sequência da decisão do Tribunal Constitucional. A despesa com juros já atinge os 4.188 M€. Note-se que há outras rubricas da Despesa continuam a aumentar, nomeadamente a da aquisição de bens e serviços.

A despesa consolidada da administração central cresce, em termos homólogos 4,2%, decorrente do aumento generalizado da despesa de todos os agregados económicos.

Na perspectiva das contas públicas o único aspecto positivo da execução orçamental é o aumento de 4,3% da receita fiscal e, como tal, o Governo só pode vangloriar-se do enorme aumento de impostos, nomeadamente do IRS, que cresce 8,4% (nota: fruto do aumento das importações, a receita com imposto sobre veículos aumenta 40,5%).

Note-se que enquanto as despesas do Estado aumentam generalizadamente, o Governo continua a cortar nas despesas com Prestações sociais. Assim, o Abono de família cai 4,9%, o subsídio de desemprego reduz-se 14,8%, o Complemento Solidário para Idosos sofre quebra de 15% e o RSI retrai-se 7,7%.

 Comentários políticos:
  1. Não há consolidação orçamental, sem efeitos extraordinários ou operações contabilísticas, tal como o PS tem vindo a alertar. O Governo não atinge os objectivos orçamentais
  2. Não venham agora, o Governo e a maioria, tentar acusar outros dos seus erros. O PSD já hoje teve a tentação de voltar a acusar o Tribunal Constitucional, como que a dizer que com esta Constituição não consegue lidar com os problemas orçamentais do país
  3. O PSD reagiu hoje ao descalabro orçamental com o anúncio de que o Governo deverá tomar em breve as necessárias medidas correctivas. O que o Governo acaba de dizer aos portugueses que veem aí mais impostos. 
  4. Confirma-se que este Governo continua a ir além da troika e continua a política de empobrecimento. Mais medidas serão nova machadada para a economia."

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