sexta-feira, 16 de maio de 2014

(Opinião - resposta a Fernando Ruas) - Não expor alguém pelas suas insuficiências

Para o PS as áreas prioritárias na política europeia são o Emprego, a União Económica e Monetária, o Mar (Portugal tem uma candidatura nas Nações Unidas para alargar a sua Zona Económica e Exclusiva - ZEE), a Energia, a Ciência e Tecnologia.
Neste contexto, o novo quadro comunitário, deve privilegiar a educação, a formação de recursos humanos, a ciência, a investigação, o desenvolvimento tecnológico, o financiamento à internacionalização da economia, a competitividade das empresas e o emprego, sobretudo a pensar nos jovens.
O mesmo se aplica às políticas ambientais e ao investimento nas energias renováveis, fundamentais para a nossa autonomia energética, melhor ambiente, maior competitividade. Finalmente, agricultura e pescas, fomento das políticas de saúde e investimento na coesão social e territorial são áreas estratégicas que devem assumir, também, prioridade relevante no novo quadro comunitário de apoio.
Estas preocupações dificilmente serão discutidas em campanha. A política nacional, o vasto argumentário que decorre da atividade governativa e da exposição dos seus resultados, os imaginários e os reais, será a fonte de mais forte inspiração. Compreende-se que assim seja, porque a relação entre as políticas europeias e nacionais nunca foram tão interdependentes. Mudar na Europa e mudar em Portugal é indissociável.
O que já não se compreende e não se aceita é que candidatos, pelo menos alguns, não falem de uma coisa nem de outra e caiam na tentação de fazer juízos de valor sobre adversários políticos enquanto cidadãos. Foi o caso de Fernando Ruas quando me quis meter na campanha em momento de inspiração que não ilustra.
O PS renovou fortemente a sua lista ao Parlamento Europeu e as áreas que referenciei, no primeiro parágrafo, funcionaram como um dos critérios adotados pela direção nacional do PS, nomeadamente por António José Seguro, para apresentar uma proposta credível ao eleitorado.
No PS os ainda em funções deputados europeus deram prova da sua competência ao longo do seu mandato e o seu reconhecimento, nacional e internacional, é um património que nos honra e que prestigia o partido e o país.
Os professores Maria João Rodrigues, Carlos Zorrinho e Elisa Ferreira, com Francisco Assis, constituem as primeiras quatro personalidades de uma lista qualificada e paritária. A todas se tributa publicamente, de todos os quadrantes políticos, uma inquestionável categoria académica e desempenho político. Têm experiência governativa e parlamentar relevante, bem como particular conhecimento das questões europeias em domínios por todos reconhecidos.
Contrariamente ao que disse esta semana, em campanha, o pretérito presidente da câmara de Viseu, durante uma momentânea crise de imaginação, não estou na lista a substituir ninguém, nem em quarto, nem em último.
Não cometerei, por isso, a deselegância de comparar o número dois do PS, Maria João Rodrigues, com o número dois do PSD, Fernando Ruas, porque o momento é para discutir alternativas políticas e não para expor alguém pelas suas insuficiências!

DV 2014.05.14

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