quinta-feira, 17 de abril de 2014

Relatório "extraterrestre" e Cortes definitivos nas reformas e pensões




Bem pode a ministra das Finanças reagir dizendo que não vai fazer mais cortes, porque o que referimos, em primeiro lugar, é que vão passar de temporários a definitivos e isso não negou, porque assim será. É o contrário do prometido. Quanto a mais cortes, para além destes, que nome se dá à nova fórmula de cálculo das pensões e à tabela única para a função pública? Não são instrumentos de corte? Então o que são? Aumentos?!
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"O PS exigiu hoje acesso à nomeação do grupo de trabalho sobre a reforma das pensões e as atas das reuniões, argumentando que os membros não se revêm nas conclusões do relatório, que os socialistas também já exigiram conhecer.
 "Afinal, há relatório ou não há relatório? É um relatório extraterrestre? Foi ou não feito pelo grupo de trabalho? Se o grupo de trabalho diz que não se revê naquelas conclusões nós podemos dizer que o Governo, o primeiro-ministro, está a enganar, novamente, as pessoas", argumentou o vice-presidente da bancada do PS José Junqueiro.
 O deputado socialista anunciou que, além do relatório, que já o PS já tinha pedido que fosse enviado ao parlamento, vai pedir também o envio do despacho de nomeação do grupo de trabalho e as atas das reuniões que realizou.
 "O Partido Socialista considera inadmissível que o primeiro-ministro siga o caminho da duplicidade e siga o caminho do engano", afirmou José Junqueiro, sublinhando que este é o relatório "com o qual se baseou para tornar definitivos os cortes nas pensões".
 Segundo José Junqueiro, os membros do grupo de trabalho dizem desconhecer as conclusões veiculada pelo Governo e dizem que as atas das reuniões "não coincidem com a opinião do Governo".
 O jornal Público avançou que alguns dos especialistas reagiram com surpresa à existência de um relatório na secretária da ministra das Finanças, garantindo que não foram confrontados, nem validaram qualquer documento.
 "Significa que a ministra das Finanças enganou a opinião dos portugueses, que o primeiro-ministro está a enganar a opinião dos portugueses, e que o grupo de trabalho nomeado pelo governo, no fundo, é uma maneira de sufragar aquilo que o Governo já tinha decidido", acusou José Junqueiro."

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