Foi ontem, em Lisboa, num jantar-comício de homenagem a todos quantos foram presidentes da FAUL, (Federação da Área Urbana de Lisboa).
Uma ocasião que reuniu toda a família socialista e marcou o regresso de Jorge Coelho à política mais ativa. "O PS recebeu-o de braços abertos".
Parafraseando o atual primeiro-ministro disse "custe o que custar" temos de conquistar aquilo que o país espera de nós", ganhar as europeias e vencer as legislativas. Elogiou o trabalho de Seguro e as conquistas do PS no último governo de Sócrates.
O ex-dirigente socialista Jorge Coelho
afirmou hoje que o PS tem de ganhar as próximas eleições europeias "custe
o que custar", advogando que esse triunfo representará uma
"inversão" de ciclo no país.
Perante centenas socialistas no pavilhão do Casal Vistoso,
num jantar de homenagem aos antigos líderes da Federação da Área Urbana de
Lisboa (FAUL) do PS, Jorge Coelho fez um discurso de cerca de 20 minutos em que
galvanizou os militantes com referências a Mário Soares, José Sócrates e ao
atual líder, António José Seguro.
"Temos de ganhar as eleições europeias custe o que
custar. Uma vitória nas europeias será a inversão do ciclo em Portugal",
declarou, numa intervenção em que acusou o primeiro-ministro, Pedro Passos
Coelho, de não ter cumprido as suas promessas eleitorais, chamou "aliança
nacional" à coligação PSD/CDS denominada "Aliança Portugal" e em
que pediu a mobilização dos socialistas em defesa dos valores da Constituição.
"O PS não pactuará com estes ataques [do Governo] e
estará mobilizado", advertiu, antes de elogiar a capacidade de
"resistência" de António José Seguro perante "incompreensões
permanentes".
"Faço minhas as palavras de outrem: Custe o que custar
temos de conquistar aquilo que o país exige de nós e do PS. Temos de ganhar as
próximas eleições europeias para podermos ter uma grande vitória nas próximas
eleições legislativas", disse.
Antes de Jorge Coelho, Marcos Perestrello, atual líder da
FAUL do PS, evocou todos os seus antecessores no cargo desde a criação da
estrutura em 1977: Rudolfo Crespo, Palma Inácio, Pedro Coelho, Mário Sottomayor
Cardia, Álvaro Neves da Silva, João Proença, António Costa, João Soares, Jorge
Coelho, Edite Estrela e Joaquim Raposo.
Numa curta intervenção, Marcos Perestrello disse que o país
"aproxima-se de um momento eleitoral decisivo". "O PS está hoje onde sempre esteve. Está ao lado dos
portugueses e lutará para defender Portugal e os portugueses", referiu.
No primeiro discurso da noite, o líder da concelhia de
Lisboa do PS, Duarte Cordeiro, acusou o Governo de ter provocado no país
"um enorme retrocesso económico e social", sustentando que esta
circunstância "prova que Abril é um projeto inacabado".
"O PS tem de afirmar-se como alternativa e não pode ter receio de
se afirmar como socialista", disse, numa intervenção em que advogou que
"não há liberdade sem justiça social e sem redução das desigualdades