O ministro da Economia da Alemanha e Líder do SPD, foi o convidado de António Seguro para o jantar do 25 de Abril que reuniu cerca de 1700 em Ourém. Casa cheia, PS muito mobilizado e discursos fortes.
Os presidentes da Federação e da Concelhia do PS, bem como Paulo Fonseca, presidente da câmara fizeram uma mobilização e organização ímpares.
"secretário-geral do PS, António José
Seguro, defendeu na quinta-feira à noite uma “Europa de estados iguais” e pediu
ao líder do Partido Social Democrata alemão (SPD), Sigmar Gabriel, que continue
a “influenciar a Alemanha no bom sentido”.
“Sabes que esperamos muito de ti, sabemos que fazes parte,
recentemente, do Governo alemão e todos nós desejamos que continues,
conjuntamente com os nossos camaradas sociais-democratas, a influenciar a
Alemanha no bom sentido”, afirmou António José Seguro.
Em Ourém, no distrito de Santarém, no jantar nacional da
liberdade com que o PS assinalou o 40.º aniversário da Revolução de 25 de Abril
de 1974, o líder do PS continuou:
“A Alemanha e o seu papel na Europa é
decisivo. Nós queremos afirmar, uma vez mais aqui, uma Europa de estados
iguais, independentemente do seu tamanho, mas de estados iguais, de estados
fraternos que têm cada um a sua opinião e que partilham soberania para, em
conjunto, resolver problemas comuns. E quando existe essa fraternidade e quando
existe essa igualdade, existe sempre respeito quando concordamos ou quando
divergimos.”
O líder do PS, dirigindo-se a Sigmar Gabriel, também
vice-chanceler germânico, declarou:
“É essa a Europa, a Europa dos pais
fundadores que nós hoje precisamos de reafirmar e não uma Europa que divide
ricos e pobres, o norte e o sul, a periferia e o centro. Essa não é a Europa
que tu queres, não é a Europa que nós queremos, não é a Europa que a maioria
dos europeus deseja.”
Perante cerca de 1.700 pessoas, onde se encontravam várias
figuras do partido, entre históricos, deputados e candidatos às europeias,
Seguro
insistiu: “Precisamos desse contributo da Alemanha, de uma Alemanha europeia
que olhe para os Estados em pé de igualdade, mas também precisamos de cooperar
bilateralmente entre os nossos dois países.”
Num discurso em que recordou os fundadores do partido e os
portugueses que fizeram
“Abril”, António José Seguro destacou que:
o país “tem a
maior taxa de desemprego da democracia” e a “maior taxa de portugueses
inativos”, referindo, ainda, os “mais de 200 mil portugueses, na maioria
jovens, que abandonaram o país à procura de um emprego”.
“Este é o retrato de um país que nós julgávamos que tinha
ficado há 40 anos atrás, lá na ditadura, um país pobre, desigual, um país que
não dá oportunidades aos seus jovens para aqui terem o seu futuro”, sustentou o
socialista, notando que este tempo passado ”regressou” porque o Governo, de
coligação PSD/CDS-PP, “apostou no empobrecimento e no aumento das desigualdades
no nosso país como condição de competitividade”.
Insistindo que o país está “mais pobre” e “mais desigual, António José
Seguro acrescentou: “Não foi para isto que se fez o 25 de Abril. O 25 de Abril
fez-se para combater a pobreza, para criar um estado Social que trate dos mais
vulneráveis, para termos uma escola pública que promova as igualdades de
oportunidade e para ter um Serviço Nacional de
Saúde onde onde todos possam aceder
independentemente do local onde vivam ou do dinheiro que têm no bolso".
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