No melhor pano cai a nódoa. Pires de Lima não tinha necessidade de se ter zangado com a verdade. O PS aceitou dialogar sobre uma estratégia para as obras públicas. Não poderia ser de outro modo. São investimentos que exigem seguimento de vários governos e, por isso mesmo, consenso. Para o efeito, o PS pediu informações para poder estudar, mas houve um problema: o Governo não tem estudos, nem informações relevantes. Foi isso que o Governo disse ao PS, por escrito. Leiam-se as declarações de Rui Paulo figueiredo (PS):
“Primeiro, que só têm
documentos sobre a matéria dos transportes e da mobilidade e que não têm
documentos sobre outras áreas de investimento. Depois, que dos 30 projetos
apresentados, 15 não têm nenhum estudo de custo-benefício. E o Governo disse
que, em relação àqueles que têm, que iria remeter essa informação ao PS mas que
até a data, pelo menos até ontem [sexta-feira], nenhum dessa informação tinha
chegado ao PS”.
“O Governo não tinha
nenhum estudo sobre o impacto dos projetos na economia, não tinha nenhum estudo
sobre o impacto dos projetos no emprego e não tinha nenhum estudo, ideia, sobre
o cabimento orçamental destes projetos”, frisou.
“Mas
informou que iria solicitar ao grupo de trabalho se teria desenvolvido por sua
iniciativa alguma informação que pudesse ser útil remeter ao PS. E portanto o
PS considerou que para existir uma discussão séria sobre esta matéria precisava
desta informação. E consideramos que o governo está pelos vistos mais
interessado em fazer números políticos sem ter feito previamente o trabalho de
casa”
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